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Expor assediadores não vai acabar com o assédio, diz estudo norte-americano

Harvey Weinstein chega à corte dos EUA para se declarar inocente das acusações de estupro - Eduardo Munoz Alvarez/AFP
Harvey Weinstein chega à corte dos EUA para se declarar inocente das acusações de estupro Imagem: Eduardo Munoz Alvarez/AFP

Da Universa

18/06/2018 16h45

Com a força dos movimentos #MeToo e Time's Up, profissionais renomados do cinema foram acusados de assédio sexual, depois expostos, demitidos e até falidos – como o produtor de Hollywood Harvey Weinstein

Mas um estudo da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, nos Estados Unidos, concluiu que simplesmente expor esses agressores não é a melhor forma de acabar com o assédio sexual. 

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Os pesquisadores acreditam que a melhor forma de parar (ou pelo menos diminuir) casos de assédio e abuso sexual contra mulheres é mudar a cultura – ou "clima organizacional", como preferem chamar" – das empresas. 

"Não se trata de jogar fora as maçãs podres, precisamos trabalhar com todo o barril", disse Lilia Cortina, uma das pesquisadoras responsáveis pelo relatório, ao "Huffington Post".

Cortina estuda assédio sexual há mais de 25 anos e explica que quando as organizações realmente cultivam um clima que deixa claro que não tolerará o assédio sexual, os empregados são muito menos propensos a se envolver em casos deste tipo. 

Além disso, essa mudança da cultura da empresa pode impactar diretamente na vida pessoal dos funcionários, especialmente em família e entre amigos.