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"Praticar swing fortaleceu a relação e melhorou nosso sexo"

Swing: parceiros têm que estar em sintonia para a troca de casal - Getty Images
Swing: parceiros têm que estar em sintonia para a troca de casal
Imagem: Getty Images

Thais Carvalho Diniz

Do UOL

16/03/2017 04h00

Casados há 15 anos, Ana* e Eduardo* praticam swing há cerca de seis. Tudo começou com a sugestão de Ana para fazerem um "ménage à trois" com uma outra mulher para formar o trio. Para conseguirem realizar o desejo, procuraram uma casa de swing, começaram a frequentar o local e colocaram em prática a troca de casal.

Eles têm dois filhos e não estão sozinhos na missão de manter a vida sexual ativa depois de muitos anos de relacionamento. De acordo com a rede social de sexo e swing Sexlog, entre os usuários que utilizam a plataforma, quase 40% fazem parte de uma relação estável. Desses, mais de 50% procuram pela troca de casal. 

Além do swing, Ana e Eduardo são adeptos do "strap-on", a inversão de papéis na cama. "Sempre buscamos algo novo, e não ter preconceito quanto às vontades do outro ajuda bastante."

A seguir, em depoimento ao UOL, o casal conta mais sobre como mantém a vida entre quatro paredes interessante.

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Casal precisa estar em sintonia 

"Começamos a praticar swing perto de quando estávamos para fazer dez anos juntos. Mas o tempo de relacionamento é relativo. Depende da afinidade e, principalmente, sintonia. Já conhecemos pessoas que começaram cedo, assim como temos amigos que jamais dariam certo nesse meio. Não há regra. Precisa querer, mais nada! Decidimos juntos. Conversamos bastante a respeito, pesquisamos, vistamos locais.... Acreditamos que se há desejo, mas algum tipo de resistência por vergonha, as pessoas devam tentar o primeiro contato por meio de sites especializados, pois por não ser presencial, gera mais conforto."

O ciúme também faz parte 

"Por mais estranho que possa parecer, a prática fortaleceu a nossa relação. Transar com outras pessoas acabou nos aproximando, trouxe mais confiança, companheirismo --fora o tesão que aumentou bastante."

Não vamos mentir. O ciúme faz parte, mas não é nada além do aceitável. E como podem acontecer discordâncias, existem atritos, mas nada muito grave e que interferisse na forma como agimos.

Respeito é a regra para funcionar  

“Sempre saímos juntos e, acima de tudo, respeitamos a vontade um do outro. Ninguém é obrigado a fazer nada que não tenha vontade. Tudo acontece quando os dois concordam e estão a fim."

"Até a frequência do sexo a dois aumentou"

"Não temos uma frequência engessada, rola sempre que há possibilidade e conseguimos alguém para ficar com nossas crianças. Mas até o sexo a dois aumentou depois que começamos a frequentar casas de swing. Hoje transamos de três a quatro vezes por semana --o que é algo até acima da média diante do que ouvimos falar por aí."

A antropóloga Maria Silvério, investigadora do Cria (Centro em Rede de Investigação em Antropologia), do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa), em Portugal, autora do livro "Swing: Eu, Tu... Eles", confirma a versão de Ana e Eduardo sobre os benefícios do swing.

A especialista entrevistou casais em 14 festas de swing em Portugal e no Brasil, entre 2012 e 2014, e diz que as alegações mais comuns são que esse estilo de vida fortalece o casamento, aproximando os casais, e eleva a percepção da qualidade da relação.

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