Quadrilha é presa na Itália por explorar 30 trans brasileiros
Pelo menos quatro transexuais, sendo dois brasileiros e dois italianos, foram presos em Pisa, na Itália, acusados de liderarem uma quadrilha de exploração de outros 30 transexuais brasileiros.
A operação, coordenada pela promotora pública Paola Rizzo e conduzida pelos carabineiros do Núcleo Investigativo de Pisa, encerra uma investigação de cerca de dois anos. Os mandados de associação criminosa e exploração da prostituição foram cumpridos em Pisa, Viareggio (Lucca), Massarosa (Lucca) e Livorno na última terça-feira (14).
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De acordo com as autoridades, os 30 transexuais brasileiros eram forçados a se prostituir nas ruas de Pisa, Migliarino e no município de Vecchiano. Além disso, se eles quisessem "se libertar" da escravização sexual tinham que pagar até 20 mil euros cada.
O valor era solicitado para quitar o empréstimo feito por outros trans que lhes emprestaram dinheiro para deixar o Brasil e ir para a Itália.
Os exploradores eram responsáveis por organizar viagens e preparar casas para os transexuais se prostituirem. As vítimas ainda eram forçadas a pagar uma espécie de aluguel dos lugares.
A quadrilha desfrutava de um fluxo de dinheiro de milhares de euros por ano.
A polícia também descobriu que os dois italianos cúmplices, originários de Nápoles, oficializaram uma união civil com a dupla brasileira para garantir a permanência legal deles na Itália para quando a autorização de residência expirar.
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