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Dicas de segurança para as manifestações pró e contra Bolsonaro

Fernando Calzzani/Photopress
Imagem: Fernando Calzzani/Photopress

Camila Brandalise

Da Universa

28/09/2018 04h00

O ato Mulheres Contra Bolsonaro será realizado em mais de 40 cidades brasileiras sábado (29). Estão previstos também atos a favor do candidato do PSL.

Um dos maiores atos deve ocorrer em São Paulo, contra Bolsonaro. Por isso, na quinta-feira (27) foi realizada uma reunião no 23º Batalhão da Polícia Militar da capital paulista com a organização do evento, policiais e representantes da prefeitura, que garantiram um plano de contingência caso o evento cresça e seja necessário fechar mais vias. 

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"O maior risco, até o momento, é um eventual encontro de grupos com objetivos opostos. Estamos trabalhando justamente para que isso não ocorra", afirmou a PM, em nota.

Uma fonte consultada por Universa afirmou que, na reunião, as autoridades se mostraram comprometidas em manter a segurança dos eventos e conter provocadores, dos dois lados. Listamos, abaixo, orientações de segurança que devem ser seguidas por quem for participar dos protestos:

Evite se manifestar no caminho até o ato

Deixe para vestir camisetas e adesivos, levantar cartazes e falar palavras de ordem somente no local do protesto porque, lá, estará protegida pelo grupo. Sozinha, pode ser alvo de intimidações. Além disso, se possível, vá acompanhada. “Também evite vias pouco movimentadas e pouco iluminadas”, afirma Alexandre Morgado, socorrista voluntário do Gapp (Grupo de Apoio ao Protesto Popular).

Não responda a provocações

O Coletivo Juntas, que organiza atos contra o candidato Bolsonaro, orienta as manifestantes a não responderem a provocações. Responda, somente, em grupo - com um grito de ordem, por exemplo. Evite se separar do coletivo e enfrentar uma intimidação sozinha. A PM de São Paulo faz o mesmo pedido: "a principal orientação aos participantes é para que exerçam o direito de se manifestar pacificamente, mantendo distância de grupos que eventualmente pretendam promover desordem e desrespeitar direitos", afirmou, em nota.

O que faço se começar uma confusão?

Saia rapidamente de perto. Mas não corra. Sair correndo alastra pânico e cria chances de cair, tropeçar, se machucar e fazer com que os outros se machuquem. Uma orientação antiga dizia que era preciso sentar para conter a balbúrdia. Porém, não vale mais, segundo o Gapp. Caso haja tentativa de dispersão pela polícia por causa do tumulto, quem estiver sentado será obrigado pelas autoridades a sair dali.

Se encontrar alguém machucado, devo ajudá-lo?

Sim, mas não faça isso sozinho. Tenha, pelo menos, mais duas pessoa para te ajudar. Tire a pessoa do tumulto, leve-a para um local seguro e peça ajuda a algum socorrista que estiver por perto (os voluntários usam uniforme de identificação) ou a um policial.

É possível haver ataques de pessoas contrárias ao ato?

Sim, mas a chance é baixa. Segundo Morgado, as manifestações mais tumultuadas costumam ser as que têm uma pauta contrária à força do Estado ou policial. Em manifestações de mulheres não há registro de violência, pelo menos nas mais recentes. Ainda assim, esteja atenta: caso perceba qualquer movimentação estranha ou abrupta, certifique-se de que tem como se dispersar do local com segurança.

É seguro levar crianças?

Não é possível afirmar. A pauta da manifestação colabora para que o ato seja pacífico, já que é isso que se pede das manifestantes entre as próprias organizadoras. Mas, ainda assim, é suscetível a fanatismos políticos. Além disso, será uma grande aglomeração de pessoas. Caso opte por levar seus filhos, certifique-se de que terá como se proteger caso se inicie algum tumulto. Também é indicado que se coloque pulseiras de identificação para facilitar encontrá-los caso  se percam.

Vá embora segura

Seguindo a orientação de evitar se manifestar no caminho para o ato, faça o mesmo ao ir embora. Evite mostrar camisetas, adesivos e cartazes com dizeres da manifestação. Se estiver voltando para casa à noite, tenha preocupação redobrada: procure companhia e evite vias pouco movimentadas. Nas páginas de Facebook dos eventos, há mulheres combinando pontos de encontro para irem e voltarem juntas e seguras.