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9 dicas para você ajudar LGBTs a combater estereótipos e preconceitos

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Imagem: iStock

Léo Marques

Colaboração para Universa

27/06/2018 04h00

“Aceitar”, como dizem por aí, não é o bastante. Se você não é preconceituoso e realmente se solidariza com os outros, em especial com os LGBTs, é preciso colocar em prática suas convicções. Isso inclui aprender sobre diversidade, informar os outros, reprimir o ódio e votar direito.

1. Aprenda e oriente

Para entender um LGBT é preciso obter conhecimento sobre ele. Por isso, aproxime-se dele, sem ser invasivo, escute-o falar de seu dia a dia e de suas dificuldades e se informe. Depois, pratique o que aprendeu com os outros. “Explique, por exemplo, que a homossexualidade é apenas uma das diversas manifestações saudáveis da sexualidade humana”, sugere Fabrício Viana, jornalista, psicólogo e autor dos livros LGBT “O Armário” e “THEUS”.

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2. Cuidado com expressões

A Drag Queen TchaKa, a ?Rainha das Festas?, na Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. - @mayrabellofotografia  - @mayrabellofotografia
A Drag Queen TchaKa, a "Rainha das Festas", na Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo.
Imagem: @mayrabellofotografia

Entre amigos LGBT, algumas delas não são mais ofensivas. São exemplos: “veado”, “bicha” e “mona”. Mas, fora de contexto, quando usadas, por exemplo, para debochar de alguém, você está dizendo em outras palavras que ser homossexual é uma coisa ruim e vergonhosa. “Gestos, silêncios, risos e olhares também denotam preconceito”, comenta Alvaro Zanini Netto, psicólogo do Centro de Cidadania LGBT “Luana Barbosa dos Reis”, em São Paulo.

3. Apoie a causa

Vá a eventos como a Parada do Orgulho LGBT e exposições que discutam o tema. “Quando há interação, as pessoas podem sentir, viver algumas experiências contadas por nós e aprender por meio da empatia”, comenta a Drag Queen TchaKa, “Rainha das Festas” e apresentadora da Parada LGBT de São Paulo. Outras maneiras de ajudar a causa incluem divulgar e fazer doações a associações, grupos de acolhimento e ONGs que lutam pela diversidade.

4. Dê oportunidades

Muitos LGBTs perdem o emprego quando decidem se assumir, principalmente os transgêneros. Por isso, se você tem seu próprio negócio ou conhece alguém que possa contratá-los, indique-os ou então se cadastre em plataformas que reúnem empresas dispostas a oferecer vagas para LGBT, como a Transempregos.

5. Não faça piadas

Não prolifere brincadeiras LGBTfóbicas. Por exemplo, se o amigo ou um grupo deles tira sarro de uma travesti que acabou de passar na rua, em vez de rir junto e compactuar da atitude, peça respeito. Argumente que são escolhas individuais de cada um. “Quando se mostra inteligência e empatia pelo próximo, não há preconceito que resista”, comenta Fabrício.

6. Reprima o ódio

Se presenciar um ato de homofobia ou transfobia, esteja acompanhado de um amigo LGBT ou não, se manifeste e denuncie. Quem não se solidariza nessas situações é conivente. Também não tenha medo da convivência de seus filhos com LGBTs. Diga para os que se opõem à sua atitude, por medo de que as crianças sejam influenciadas, que a maioria dos homossexuais, quando pequenos, observava em casa e nas novelas casais heterossexuais.

7. Rebata equívocos

A Drag Queen TchaKa, a “Rainha das Festas”, na Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. - @ariadnerbarroso - @ariadnerbarroso
Imagem: @ariadnerbarroso

Alguém entrou no assunto da cura gay? “Diga que a homossexualidade foi tirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) há 28 anos”, indica o escritor Fabricio. Também informe que os termos corretos são “homossexualidade” e “orientação sexual”. Muitos acham correto usar “homossexualismo” e “opção sexual”.

8. Não generalize

Nem todo LGBT é igual. Por isso, não espere que todos os homens gays, por exemplo, sejam engraçados, entendam de moda e se comportem de maneira estereotipada. Busque encará-los e respeitá-los como qualquer outra pessoa. A mesma dica serve para você tratar todos os que fazem parte da comunidade. “Até cada letra da sigla tem sua própria identidade”, lembra Alvaro.

9. Nunca exponha

Cada LGBT tem sua hora certa de sair do armário e não cabe a você tomar essa decisão por ele. Os que não se assumem o fazem por diferentes razões, como não-aceitação ou medo de serem hostilizados. Também não banque o machista de perguntar a homossexuais quem é o homem e a mulher da relação, pois o relacionamento é entre pessoas iguais. Por fim, trate o LGBT como ele quer ser tratado. Respeite sempre seu nome social e sua identidade de gênero.