Copa na Rússia registrou 45 casos de assédio, revela ONG
A ONG Fare Network, uma entidade parceira da Fifa que monitora questões de discriminação, revelou nesta quinta-feira (12) que foram registrados 45 casos de assédio sexual na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
No entanto, apesar dos dados apresentados, a própria Fare alerta que os números de assédios na Copa podem ter sido 10 vezes maiores, já que, na maioria das vezes, os abusos não são registrados.
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Segundo Piara Power, diretor da entidade, dos 45 casos, 15 deles foram contra jornalistas, que foram atacadas ou beijadas à força por torcedores enquanto trabalhavam nas ruas de cidades russas e estádios.
"Estes casos aconteceram fora dos estádios e soubemos pela mídia e redes sociais, que nos permitem monitorar de uma maneira muito melhor a situação", disse Federico Addiechi, chefe de sustentabilidade e diversidade da Fifa.
Ainda de acordo com a Fifa e a Fare, os torcedores que foram identificados nos casos de assédio passaram a ser impedidos de entrar nos estádios.
Addiecho ainda afirmou que, apesar da seriedade dos casos, está "satisfeito"com a situação, já que o número de incidentes "foi pequeno".
O caso mais notório é o do grupo de brasileiros que cercou uma jovem estrangeira e a fez repetir frases que remetiam ao seu órgão sexual, sem que ela soubesse seu real significado.
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