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Mulher descobre que seu pai biológico é o médico de fertilização da sua mãe

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Imagem: ABC

Da Universa

30/04/2019 19h17

Eva Wiley descobriu ser filha do médico responsável pela fertilização da sua mãe. Em entrevista à "People", a mulher, de 31 anos, dos EUA, afirmou que sua mãe não sabia que estava sendo inseminada artificialmente com o sêmen do médico.

"Eu só queria saber o porquê. Eu odeio essa história. Tudo isso é uma merda. Quando conto às pessoas sobre minha história, minhas mandíbulas atingem o chão", afirma Eva.

A mãe de Eva, Margo Williams, e seu falecido marido lutaram contra a infertilidade antes de procurarem a doação de esperma no California Cryobank para concebê-la, de acordo com o "The Dallas Morning News".

Margo Williams, mãe de Eva - ABC - ABC
Margo Williams, mãe de Eva
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"Ele era aquele médico da comunidade que todos respeitavam e confiavam", disse Margo, que reforçou a forte reputação que ele tinha entre casais que passavam por dificuldades de fertilidade.

A situação tinha tomado um outro rumo há 14 anos, quando Eva decidiu encontrar o "Doador 106", quem ela conheceu posteriormente como Steve Scholl, o homem que teoricamente seria seu pai biológico.

"Eu o chamo pai. Dizemos 'eu te amo' um para o outro. Nós passamos férias juntos e no meu casamento ele estava lá para mim", conta ela, que descobriu não ser filha biológica dele alguns anos depois após terem feito o teste genético.

Os resultados mostravam que a jovem norte-americana dividia materiais genéticos compatíveis com o do médico que cuidou da fertilidade da sua mãe.

De acordo com a "People", o médico respondeu às acusações admitindo ter misturado seu próprio esperma com o do doador após cinco tentativas fracassadas, afirmando ter recebido a permissão para isso. A justificativa foi contrariada por Eva Williams, que nega ter dado permissão para isso.

Depois da descoberta, Eva procurou por outras pessoas que passaram pela mesma situação, ou seja, tiveram o processo burlado pelo médico da fertilização. Vale lembrar que no Texas, cidade em que mora, o ato não é considerado um crime. Atualmente, a jovem está se reunindo com profissionais da área judicial para categorizar esse tipo de fraude como violência sexual.