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Elas venceram o tabu do 'fio terra' e falam como a prática esquentou o sexo

Experimentar a estimulação anal --o popular "fio terra"-- no parceiro pode abrir novas possibilidades de prazer para o casal - Getty Images
Experimentar a estimulação anal --o popular "fio terra"-- no parceiro pode abrir novas possibilidades de prazer para o casal Imagem: Getty Images

Carolina Prado

Colaboração para Universa

14/03/2018 04h00

Vencer o tabu de que homem que gosta de estimulação anal --o popular "fio terra"-- é gay pode abrir novas possibilidades de prazer para o casal (alô, gente, preferências na cama e orientação sexual são assuntos distintos). A seguir, mulheres adeptas contam como a prática tornou a vida sob os lençóis bem mais divertida.

“Ele goza em um ou dois minutos”

“Sempre tive vontade de fazer fio terra no meu parceiro, mas meus ex-namorados nunca deixaram, por preconceito, claro. Há pouco mais de um ano, comecei a namorar um cara bem resolvido e achei que era ele. Não cheguei a perguntar se ele gostava, simplesmente, fui avançando nos carinhos. Ele observava até onde eu ia. Chegou um momento, ele mesmo disse: ‘Pode seguir, eu adoro’. Foi a realização de uma fantasia para mim. Gosto de fazer quando ele está me penetrando. Coloco uma camisinha em um dedo e massageio por fora do ânus antes, para ele ir relaxando. Depois penetro e mexo como se estivesse ‘apalpando’ a parede que emenda no testículo... Ali está a próstata. Ao fazer isso, ele goza em um ou dois minutos.”
Vânia, 43, esteticista

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“Gosto de iniciar com o beijo grego”

“Amo fazer nos parceiros, mas, por ser uma prática que rola muito tabu, só toco no assunto com quem já estou em uma relação estável. Alguns homens heterossexuais têm vontade, mas o machismo impede que realizem. Quando faço, gosto de iniciar com o beijo grego [sexo oral no ânus], que vai deixar o homem mais relaxado. É importante lubrificar a região anal ou o dedo, para que não haja desconforto.”
Cristina, 28, vendedora

“Adoro vê-los sentindo prazer”

“Faço no auge do tesão, antes mesmo da penetração, quando ele está deitado na minha frente. Enquanto massageio o pênis, lubrifico bem o dedo e introduzo. Com o dedo lá dentro, faço aquele movimento de ‘vem cá’. Se ele estiver confiante, pergunto se posso introduzir outro dedo. Ao mesmo tempo, gosto de continuar massageando e estimulando o pênis. Já aconteceu de um parceiro não aceitar e, tudo bem, não forço nada. Mas eu também fiz com um cara que disse nunca ter passado por essa experiência e se descobriu adorando, por nunca ter sentido um prazer como aquele. E eu adoro vê-los sentindo prazer.”
Keli, 50, professora

“Gosto de fazer quando ele está prestes a gozar”

“No sexo oral, você consegue perceber o interesse do cara. Conforme você desce nas carícias, vai notando que ele fica mais sensível. Alguns deixam a gente prosseguir, outros recuam. O prazer do fio terra nem sempre é o movimento de vaivém [simulando penetração], que pode causar incômodo, mas colocar o dedo e mexer a ponta lá dentro, massageando levemente, sem pressão. Gosto de partir para esse tipo de carícia quando já rolou bastante o sexo, quando ele está relaxado e no ápice do tesão, prestes a gozar. Não gosto de fazer junto a penetração, porque acho difícil encontrar uma posição em que dê para fazer as duas coisas bem. E tem de ter tato, se você não sentir o ânus dele relaxado, não adianta forçar.”
Camila, 27, agente de saúde

“Não costuma dar certo em uma primeira transa”

“Começo fazendo carinho no períneo [área entre o testículo e o ânus], devagarinho, e vou percebendo se ele está permitindo ou não. Faço isso durante o oral, porque consigo olhar para ele e ver a reação. Se for bem aceito, vou descendo, perguntando se ele gosta. Mas não costuma dar certo em uma primeira transa, porque os caras ainda são muito fechados com sexualidade. Mas, se eu perceber que ele é mais aberto, desço um dos dedos e faço carinho próximo ao ânus. Para prevenir a dor, o melhor é usar um lubrificante, assim não se corre o risco de ele ficar frustrado e reforçar preconceitos bobos. Mas, se ainda assim doer, o melhor é parar e começar novamente, devagarinho.”
Célia, 31, analista de marketing

“Alguns me conduziram, para que os tocassem”

“Com alguns, fui aos poucos, pedindo permissão, e outros foram me conduzindo para que os tocassem. O toque delicado e a massagem nos pontos certos dão a eles um prazer imenso e uma surpresa. Sempre comecei pelo oral e desço lentamente para os testículos. A gente sente que eles dão a permissão para ir além, quando deixam a língua percorrer mais. A partir daí, o famoso fio terra fica facilitado, pois já ganhei a confiança dele. A estimulação da próstata na penetração com os dedos desarma qualquer um deles, pois o prazer vai ao máximo. Nunca tive nenhuma experiência negativa.”
Raísa, 30, coach de relacionamento