Você sabe argumentar?
Todo mundo reconhece a importância de um bom argumento e da ação para convencer as pessoas de uma ideia. É o seu caso? Ou você prefere a comodidade de aceitar as opiniões alheias? Responda o teste e descubra agora. Por Heloísa Noronha - Colaboração para o UOL
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Você está concentrado (a) e correndo para fechar o relatório do mês. Um cliente liga enfurecido com um problema de outra área. Você:
Getty Images/Thinkstock - Ouve o cliente até o fim e depois tenta tranquilizá-lo. Diz que anotou tudo, vai enviar um e-mail para o responsável e dará um retorno.
- Ouve o cliente até o final. Quando ele termina, diz que infelizmente esse problema não lhe compete e transfere sua ligação para o setor responsável.
- Corta o cliente no meio da conversa e pede para ele ligar no setor responsável. O problema não é seu, portanto não quer perder seu tempo com isso.
- Desliga.
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Responsável por um novo e importante cliente, você sabe que o procedimento padrão não atenderá às expectativas dele. Seu chefe discorda.
Getty Images/Thinkstock - Aceita correr o risco. Solicita uma reunião com o seu chefe e esclarece que, se seguirem o procedimento padrão, a empresa perderá o cliente.
- Corre o risco com moderação. Por e-mail, explica para o chefe que percebeu que a tarefa deverá ser feita de forma alternativa e que espera sua posição.
- Não corre o risco de enfrentar o chefe. Se a empresa perder o cliente, paciência, mas, se você perder o emprego, estará literalmente na "roça".
- Não argumenta, não mostra o erro no procedimento padrão e não faz nada. Afinal, quem cala consente e, nessa vida, é cada um com os seus problemas.
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Um membro de sua equipe, que sempre se empenhou, anda desmotivado porque a empresa cortou os benefícios. O que faz?
Getty Images/Thinkstock - Convida-o para almoçar, ouve seus motivos e tenta mostrar que a situação deve ser passageira. O esforço de todos pode reverter a situação.
- No café, diz que notou a diferença de comportamento e pede que não desanime. Afinal, melhor perder os benefícios do que o emprego.
- Diz que é melhor que ele se alinhe, pois, se a empresa cortou os benefícios, o próximo passo serão os empregos.
- Não conversa com ele. Afinal, se a empresa já cortou os benefícios, pode também cortar empregos. Melhor que seja ele o primeiro da fila.
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Novo (a) no emprego, você não sabe se a empresa aceita mudanças. Mas sua experiência mostra que desenvolver a nova tarefa como fazia antes será melhor.
Getty Images/Thinkstock - No café, diz ao chefe que gostaria de mudar algumas tarefas, pois crê nos seus métodos e assim poderia ganhar tempo e resultados.
- Diz ao chefe que comparou o modo que a tarefa é feita na empresa com a maneira que já desempenhou e gostaria de sugerir mudanças.
- Pensa em enviar um e-mail para o seu chefe, acha que a empresa está perdendo tempo e resultados, mas acaba por não enviar nada.
- Não faz nada, afinal você não vai ganhar nada com essa mudança, só mais problemas.
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Um cliente passou a pedir serviços complementares. Mas as "ajudas" iniciais agora se tornaram novas tarefas. O que faz?
Getty Images/Thinkstock - Na reunião com a diretoria explica como as eventuais "ajudas" tornaram-se obrigações, e isso prejudicará as atividades contratadas.
- Defende seu trabalho perante a diretoria e diz que não se trata de "falta de boa vontade em ajudar", mas de "foco e resultado". E apresenta soluções.
- Envia um e-mail para a diretoria e expõe a situação. Expõe suas preocupações com o resultado, mas não dá soluções porque não é sua tarefa.
- Não informa a diretoria sobre a situação, pois não tem argumentos que façam a direção lhe dar razão. Então prefere deixar a situação "estourar".
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Seu (sua) namorado (a) quer ir para a praia no fim de semana prolongado, mas você deseja ir para a montanha e, inclusive, já reservou a pousada.
Getty Images/Thinkstock - Diz que seria bom ir para a praia, mas que já reservou a pousada e que se não forem vai perder dinheiro.
- Diz que ir para a praia seria bom, mas que como não sabia dessa preferência quis fazer uma surpresa: reservou uma pousada na montanha. Fala sobre os benefícios da cidade turística e evidencia como será bom curtirem o friozinho juntos.
- Diz que não vão para a praia e pronto. Afinal, perder dinheiro está fora de cogitação.
- Nem discute a situação. Vocês vão para a montanha e pronto.
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Um (a) pretendente lhe chamou para jantar e você aceitou. Na refeição, descobriu que ele (a) preparou um estrogonofe de camarão, que você odeia.
Getty Images/Thinkstock - Você elogia a cena. Comenta os detalhes da mesa que ele (a) pôs, mas pede desculpa, pois não poderá provar o prato porque é alérgico (a).
- Você elogia a cena. Comenta os detalhes da mesa, elogia o cheirinho da comida, diz que a "cara" está ótima, mas que, infelizmente, você é alérgico (a).
- Elogia a cena e a mesa posta, mas quando vê o camarão fica em estado de choque e não diz nada.
- Não elogia nada, afinal, assim que entrou, sentiu o cheiro de camarão e logo sugeriu chamar uma pizza. E deixa claro: camarão nunca mais.
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Você planejou o fim de semana com um cinema e jantar a dois; inclusive comprou os ingressos. Mas ele (a) disse para irem no churrasco dos amigos.
Getty Images/Thinkstock - Valoriza os amigos e os churrascos que sempre acontecem, mas diz que já comprou os ingressos para o cinema e que não queria perder a sessão.
- Concorda com ele (a), mas lembra que você não sabia e planejou um cineminha e um jantar a dois. Mais ainda: já comprou os ingressos.
- Desvaloriza os amigos e diz que não vai perder os ingressos nem morta (o).
- A conversa é desnecessária. Vocês vão para o cinema e pronto.
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O vestibular está aí. Seu pai quer que você siga a carreira dele, mas você quer ser músico (a). Ele diz que isso não é profissão, mas você está decidido (a) e:
Getty Images/Thinkstock - Afirma que a carreira dele foi boa para ele, mas que não necessariamente será para você. Que o seu sonho é fazer música e já tem seus planos.
- Diz que a carreira dele tem valor, mas demonstra que música é uma profissão de futuro e que seguir uma profissão por amor e talento é promissor.
- Fala que se a carreira dele fosse boa, não estaria sonhando isso para você e para realizar o que ele não realizou. E que não vai mudar de ideia.
- Nem discute, você não vai mudar de ideia e não vê motivos para tentar argumentar e fazê-lo mudar de opinião.
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Você foi promovido (a) e terá de fazer um intercâmbio de três meses nos EUA. Mas você é recém-casado (a). Na hora de comunicar o fato, você:
Getty Images/Thinkstock - Prepara um jantar e fala de vários assuntos. Diz que a promoção vai ajudá-los a sanar dívidas, mas que o preço será o intercâmbio. E tem que ir.
- No jantar, diz que está feliz. Ressalta o desafio que terão de vencer, mas que o curso é importante para você e precisa da força dele (a).
- Simplesmente liga para ela (e), logo após receber a notícia , e diz que terá de viajar. Ela (e) que entenda que isso será bom para os dois.
- Comemora na frente dela (e) a sua promoção e a viagem. Afinal, é a sua carreira que importa e quanto a isso não há argumento contrário.
Sabe argumentar, mas não sabe perder
Você sabe bem como argumentar e virar o jogo a seu favor, e quase sempre suas opiniões são ouvidas e seguidas, mas nem sempre é pelo seu poder de convencimento, e sim por receio de o (a) magoarem ou o (a) enfurecerem. É importante saber argumentar, mas, maior e mais importante do que isso, é saber respeitar as opiniões das outras pessoas. Além de convencer, deixe-se convencer também!
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Argumentador (a) nato (a)
Você sabe exatamente como esclarecer seu ponto de vista, fazendo a intermediação entre suas opiniões e a realidade ao seu redor. Gosta de levar em consideração o que os outros acham, mas não deixa de demonstrar o que pensa quando está certo (a) disso. É difícil ferir alguém com suas ideias, mas, mais difícil ainda, é que alguém não as siga. Apenas não se esqueça de ouvir as ideias e opiniões alheias também.
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Argumenta quando consegue
Você até que sabe a importância de um bom argumento, e até que tenta convencer alguém de suas opiniões, às vezes. Porém, no primeiro obstáculo, seus pontos de vista caem para segundo plano, e o mais importante neste momento se torna não se incomodar. Pense: vale a pena se acomodar sobre o que os outros pensam somente por não querer se esforçar um pouco mais?
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O (a) não argumentador (a)
Mais do que não argumentar, você nunca coloca sua opinião em voga. Para você, a segurança e a comodidade de aceitar os pontos de vista alheios são muito mais valiosas do que o trabalho em tentar provar que você está certo. Você segue o lema "cada um com os seus problemas" à risca. Mas, será que de tanto não opinar sua vida não anda sem a sua própria opinião?
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