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Marta dedica recorde em Copas a todas mulheres que lutam por igualdade

Marta, durante partida entre Brasil e Itália - REUTERS/Phil Noble
Marta, durante partida entre Brasil e Itália Imagem: REUTERS/Phil Noble

19/06/2019 08h56

Maior protagonista da vitória de 1 a 0 do Brasil sobre a Itália, que garantiu a classificação da seleção para as oitavas de final, Marta marcou o gol, foi eleita melhor em campo e ainda comemorou o recorde de maior artilheira de Copas do Mundo.

Na saída do estádio Hainaut, de Valenciennes, com o troféu de melhor jogadora nas mãos, Marta voltou a relativizar sua conquista pessoal e mais uma vez dedicou seu recorde histórico particularmente às mulheres que buscam igualdade no esporte e na sociedade.

"Isto é um aperitivo a mais que a gente está colocando na nossa luta diária de igualdade, de empoderamento, de cobranças dos direitos que a gente exerce e tenta passar para as pessoas, principalmente a igualdade de gênero. Então esse gol é para todas nós mulheres e homens também para que eles entendam que eles entendam de vez que esporte é algo que tanto o s homens e as mulheres podem fazer e com muita perfeição", declarou em entrevista à RFI.

A número 10 e capitã do Brasil jogou até os 37 minutos do segundo tempo, demonstrando estar melhor recuperada de sua lesão na coxa, que a deixou de fora da estreia da seleção sobre a Jamaica.

Antes de sair de campo para a entrada de Luana, Marta anotou o pênalti que deu a classificação, se movimentou bastante em campo e contribuiu para a força coletiva demonstrada pela equipe e que se traduziu na vitória, tão importante, na sua opinião, por diferentes fatores.

"Foi importante para ganhar mais confiança, porque agora os desafios serão maiores. Perdemos a Formiga no jogo passado e ela precisa de uma nova chance par seguir fazendo história. Por vários fatores esse jogo foi importante", afirmou.

Outras reações

O sentimento de dever cumprido com a classificação também ficou estampado no rosto de todas as outras jogadoras, que não pouparam autocríticas. "A Itália tem um jogo parecido com o nosso. De novo, tínhamos que ter mais paciência, tocar a bola, em alguns momentos desperdiçamos. Estamos na alegria de venha quem vier. Estamos na Copa do Mundo e temos que ir pro pau", disse. Ex-jogadora do PSG, Cristiane diz que uma possibilidade de enfrentar as donas da casa e consideradas favoritas é uma "motivação extra".

"Temos que concentrar mais, pois sabemos do que somos capazes. Temos que dar um passo de cada vez. Cada momento da Copa vamos amadurecendo e crescendo. Vamos conhecendo as equipes e nos acostumando. Aos poucos estamos melhorando", disse a zagueira Mônica. As futuras adversárias não assustam: "O que vier para frente faz parte da competição".

Para Andressinha, que substituiu Formiga, não foi a melhor performance da equipe, mas o objetivo foi atingido. "Logo quie acabou o jogo fechamos a roda e falamos: isso é Copa do Mundo, não dá para escolher adversário. O que vier vamos enfrentar de igual para igual. O objetivo de passar foi atingido e agora é esperar e focar na próxima partida".

"Hoje nosso time foi grande, fomos guerreiras e merecemos os parabéns. Temos que continuar com essa postura, com essa cabeça e com esse brio", diz a lateral Tamires.

A seleção brasileira fica concentrada em Lille até quinta-feira, quando deve ser definida oficialmente a adversária da seleção nas oitavas de final.

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