Ela sofreu ameaças por criar cadeira que faz homem sentar com perna fechada
A vida da mulher que usa transporte público tem um pequeno, porém, incômodo, detalhe: é muito comum perdermos espaço do assento porque um homem está sentado com as pernas mais abertas. O hábito é tão difundido que há um nome, entre todos os termos comportamentais que existem, para explicá-lo: manspreading.
Uma designer britânica feminista, Laila Laurel, criou a melhor (e premiada) solução para isso: uma cadeira com duas madeiras laterais para que os homens ocupem o espaço que lhes é de direito. Acontece que, assim que o anúncio da premiação foi publicado, Laila passou a receber ameaças de estupro e imagens explícitas indesejadas de homens, conforme contou à imprensa britânica -- especialmente pelo Instagram, que, agora, tem a conta privada.
Cadeira foi feita para denunciar situação
Em seu site, Laila explica que a ideia da cadeira veio de sua própria experiência em ônibus, metrôs e trens.
"Essa pesquisa me inspirou a criar um par de assentos; um para um homem que os encoraja a se sentar com os joelhos juntos, e um para uma mulher que a encoraja a se sentar com as pernas separadas. Embora minha investigação técnica não tenha necessariamente a intenção de ser séria ou contundente, acho que essas cadeiras dão uma fisicalidade a um problema que as mulheres enfrentam, de uma forma bastante divertida, porém literal, que é meu principal objetivo neste projeto".
A proposta da cadeira, segundo Laila, despertou críticas especialmente de homens. Ela revelou que recebeu ameaças de estupro, nudes não solicitados em suas redes sociais. Laura conta, entretanto, que o design da cadeira foi pensado para gerar debate entre as pessoas. Com a premiação, o assunto ganhou mais visibilidade.
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