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Vacilo online: 7 comportamentos virtuais que podem custar seu emprego

Cuidado com o uso do celular na firma... - iStock
Cuidado com o uso do celular na firma... Imagem: iStock

Claudia Dias

Colaboração para Universa

22/05/2019 04h00

Não é de hoje que as atitudes no ambiente virtual pesam no dia a dia profissional. Se até recrutadores recorrem às redes sociais para definir por um ou outro candidato a ser contratado, nada mais óbvio que igualmente observar como os funcionários atuam no mundo online. Certas atitudes são inaceitáveis, mesmo fora do horário comercial.

Algumas são óbvias: falar mal da empresa ou da rotina de trabalho nas plataformas sociais, pedir dispensa por doença e aparecer numa foto do amigo curtindo um cineminha, acessar sites inapropriados (sim, tem gente que usa o computador do trampo para ver pornografia) na empresa, publicar fotos comprometedoras, fazer comentários racistas, homofóbicos ou tendenciosos, entre outras exposições desnecessárias.

Mas há outros comportamentos prejudiciais que não são tão evidentes, apesar de comprometerem a imagem do funcionário ou, num cenário extremo, até levar à demissão. A seguir, listamos 7 comportamentos que devem ser evitados.

Uso exagerado do smartphone

Em qualquer departamento, não é bem-visto utilizar o smartphone de maneira demasiada. Isso dá mostras que há um universo paralelo às atividades profissionais - sites de relacionamento, aplicativos de mensagem, joguinhos ou simplesmente notícias sem importância - tomando a atenção do funcionário. Não que seja proibido um intervalinho em alguns momentos, diga-se. O problema é quando a prática se repete frequentemente e o funcionário não perceber que se distraiu demais pulando de um aplicativo para outro. Além disso, a pessoa que fica ansiosa, aguardando uma mensagem particular, costuma ficar mais distraída e pode facilmente cometer erros.

Falar demais no grupo do mensagens

O WhatsApp e o Telegram são usados há tempos para assuntos profissionais. Além dos grupos de conversa de toda equipe, surgem alguns paralelos, só com gente próxima (as chamadas panelinhas). Ali, não costuma haver filtro: fofocas, críticas aos chefes e até deslizes profissionais são compartilhados. Ninguém considera que, num futuro, é bem provável que alguém do grupo seja promovido, assumindo cargo de liderança e sendo cobrado equipe. Aí surge o problema: quem reclamava de tudo, fala mal de todo mundo, pode entrar na mira do novo chefe, que conhece seu comportamento e seu desempenho.

Uma infraçãozinha aqui, outra ali

Para gestores, comportamentos que um funcionário adota em determinada área da vida serão repetidos em todas as demais. Assim, se ele decide hackear um sistema ou serviço só para não pagar a mensalidade de acesso e ainda compartilha com todo o andar como fazer isso, aos olhos da chefia, retrata o comportamento de sempre tirar vantagem de alguma forma, sem se importar se vai prejudicar ou afetar alguém. Mais que isso, demonstra que pode fazer alguma falcatrua dentro da empresa.

Contrariar a política da empresa

Os princípios e a cultura da empresa devem ser respeitados não só dentro dela, mas também fora do ambiente profissional. Por exemplo, pega muito mal se uma companhia tem seus valores pautados na preservação do meio ambiente e o funcionário, no dia a dia, tem ações que vão totalmente no sentido inverno - e as exibe nas redes sociais. Pode-se até argumentar que a vida pessoal é uma e a profissional, outra, o que não é uma configuração padrão hoje em dia. Se houver necessidade de corte de pessoal, o empregado que não estiver alinhado com os propósitos é o primeiro na lista de opções.

Errar a mão nos e-mails

Apesar da praticidade dos grupos de mensagens instantâneas, os e-mails corporativos seguem como ferramentas importantes, que podem entregar atitudes inapropriadas dos funcionários. Usar o endereço eletrônico da empresa para assuntos pessoais é uma delas. Enviar e-mails em excessos, também - isso revela inabilidade de reconhecer o momento de parar a troca de mensagens, tentando impor sua verdade. Erros ortográficos e abreviações constantes, incompatíveis com a linguagem esperada para a função, também podem ser críticos.

Mentir sobre o cargo

Taí uma prática até que usual na hora do networking, para gerar mais impacto sobre o currículo: o funcionário menciona nas redes sociais uma função diferente da que realmente desempenha na empresa. Num primeiro momento, pode até se sair bem em seu objetivo, mas certamente será flagrado e desmascarado por algum conhecido da empresa.

Bônus: não se interessar por tecnologia

Se a maioria das pessoas peca pelos exageros nas redes sociais, quem segue na contramão, mostrando zero interesse pelo que acontece virtualmente, revela que não está interessado em evoluir profissionalmente, nem consegue se adequar às modernizações da empresa. Ignorar lançamentos de serviços online, alternativas tecnológicas para melhorar o dia a dia ou mesmo não saber como utilizar alguma rede social também pesam negativamente.

Fontes: Bernt Entschev, consultor de carreira e fundador da De Bernt; Celma Coji, psicóloga e terapeuta vibracional; Silvia Donati, personal & professional coach e leader coach; Sol Santos, treinadora mental, consultora de desenvolvimento humano e alta performance; Wilton Neto, master coach trainer e mentor na área de desenvolvimento humano.