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Homem chora ao encontrar curativo com o seu tom de pele: "Pertencimento"

Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Da Universa

26/04/2019 16h25

Dominique Apollon usou as redes sociais para compartilhar sua história e mostrou como são os detalhes que podem transformar as pequenas ações em grandes repercussões.

No Twitter, o pesquisador da Universidade de Stanford, de 45 anos, compartilhou na última sexta-feira (19) uma imagem da sua mão com um curativo que correspondia à cor da sua pele, afirmando ter procurado por esse produto há um longo tempo e nunca ter encontrado, até então.

"Foram 45 viagens ao redor do Sol, mas pela primeira vez na minha vida eu sei como é ter um 'band-aid' no meu tom de pele. Você mal pode mesmo percebê-lo na primeira imagem. De verdade, eu estou segurando as lágrimas", contou.

Com a repercussão da publicação, que ultrapassou as 520 mil curtidas, Dominique fez um desdobramento do relato, em que diz se sentir valorizado, mas, de alguma forma, triste por saber que milhões de jovens e crianças negras ao redor do mundo não encontram esse mesmo sentimento de pertencimento.

"Não que eu não soubesse que esses tipos de curativos existiam, mas eu definitivamente não esperava sentir essas emoções enquanto o colocava sobre minha pele (...) É um sentimento de pertencimento. Como se sentir valorizado. Tristeza pelo meu eu mais jovem e milhões de crianças de cor, especialmente crianças negras. Como um lembrete de inúmeros espaços onde minha pele ainda não é bem-vinda. Temida. Odiada", complementou.

Em entrevista à "NBC", Dominique Apollon disse que nunca procurou ativamente esses tipos de ataduras, mas decidiu comprá-los da Tru-Color Bandages pois "desejava apoiar pessoas de produtos centrados em cores".

A Tru-Color Bandages foi fundada em 2013 por Toby Meisenheimer, que é branco, depois que ele não conseguiu encontrar um curativo que correspondesse ao tom de pele de seu filho adotivo afro-americano.