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Oscar 2019: machismo fez "A Esposa" levar 14 anos para virar filme; entenda

Glenn Close e Jonathan Pryce em cena de "A Esposa" - Reprodução/Embankment Films
Glenn Close e Jonathan Pryce em cena de "A Esposa" Imagem: Reprodução/Embankment Films

Da Universa

22/02/2019 11h34

O longa "A Esposa", de Björn Runge, levou cerca de 14 anos para deixar de ser ideia e virar filme -- e o motivo para essa longa espera é bem machista. 

Em entrevista à agência "NPR", a Glenn Close, indicada ao Oscar na categoria "melhor atriz", disse que nenhum ator da chamada "lista A" de Hollywood aceitou o papel do personagem Joe Castleman. considerado secundário em relação à protagonista feminina. 

"Pense bem: atores, atores que são grandes estrelas têm grandes egos e ninguém queria estar em um filme chamado 'A Esposa'", refletiu, lembrando que o salário também seria mais baixo que o dela. 

A Esposa - Reprodução/Embankment Films - Reprodução/Embankment Films
Imagem: Reprodução/Embankment Films

Quem acabou aceitando o papel foi o ator britânico Jonathan Pryce. 

"Jonathan Pryce, ele permitiu isso. Aqui estou eu com todo esse prestígio e ele não está recebendo nada por isso. É por isso que eu o amo. E ele será o meu par [para o Oscar]", finalizou Close. 

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado anteriormente, o ator Jonathan Pryce é britânico, não norte-americano.
O filme de Björn Runge com Glenn Close é "A Esposa" e não "A Favorita", como publicamos incialmente. "A Favorita" também concorre a algumas categorias do Oscar deste ano.