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Mulheres protagonizam um mundo em evolução


Dia da Mamografia: 3 em cada 4 mulheres não checam sinais de câncer no país

Getty Images
Imagem: Getty Images

da Universa, em São Paulo

05/02/2019 11h59

Apenas 24,1% das mulheres brasileiras na faixa etária prioritária de 50 a 69 anos -- em que o risco de desenvolver a doença é maior -- foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar mamografia em 2017, último ano de referência das pesquisas no país.

Os dados, divulgados pela Sociedade Brasileira de Mastologia em maio de 2018, apontam que 3 em cada 4 mulheres não fazem exames preventivos para detectar o câncer de mama. A Organização Mundial de Saúde recomenda que 70% das mulheres façam mamografias todos os anos e, por isso, cerca de 11,5 milhões eram esperadas para o período, mas apenas 2,7 milhões foram realizadas.

No Reino Unido, o cenário é o inverso: 1 em cada 4 mulheres acima de 18 anos admitiram que não examinam seus seios ou não lembram quando foi a última vez que realizaram um exame. A pesquisa foi realizada pelas empresas de saúde Bupa e HCA Healthcare UK com 2 mil cidadãs.

Além disso, 1 em cada 3 mulheres se preocupam em desperdiçar o tempo do médico com suas preocupações, ou sentem vergonha. 39% ainda admitiram que demorariam a procurar ajuda médica caso sentissem algo não específico em um autoexame.

A Sociedade Brasileira de Mastologia ainda destaca nesta terça-feira (5) um estudo sueco que indicou que mulheres diagnosticadas com câncer de mama que se submetiam a exames periódicos reduziram em 60% sua taxa de mortalidade 10 anos após o diagnóstico em comparação com aquelas que não faziam.

De acordo também com o estudo, a redução da mortalidade foi de 47% em 20 anos após o diagnóstico.

"A diferença é atribuída à detecção precoce e ao tratamento em uma fase inicial da história natural do câncer de mama entre as mulheres que realizavam mamografia regularmente. Embora tenha sido dada muita atenção aos potenciais danos da participação de rastreamento mamográfico regular, pouca atenção foi dada aos danos de não participar do rastreamento regular", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Antonio Frasson, à Agência Brasil.