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8 dicas que ajudam a superar o medo do parto

Há mulheres que têm muito medo do parto - iStock
Há mulheres que têm muito medo do parto Imagem: iStock

Heloísa Noronha

Colaboração para Universa

12/10/2018 04h00

A gestação, principalmente a primeira, é um momento de muita ansiedade para qualquer mulher. Além de sofrer o impacto das mudanças físicas e psicológicas, os hormônios tornam tudo ainda mais intenso. Dúvidas surgem a todo instante e o parto, em especial, é a maior fonte de receios. Algumas medidas simples, porém bastante eficazes, podem ajudar a atravessar esse momento com mais segurança. Confira as sugestões:

1. Escolha um médico de confiança e o torne sua principal fonte de informação

O obstetra é o profissional mais habilitado a dar orientações corretas sob o ponto de vista clínico e científico sobre cada etapa da gestação e sobre o parto. Busque um profissional que lhe dê segurança e conforto emocional e que a atenda sem pressa e afobação. É com ele que você deve tirar todas as dúvidas ao longo do pré-natal. Não tenha medo nem vergonha de perguntar nada.

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2. Filtre os palpites alheios

É comum que parentes e amigas queiram ajudar e ofereçam dicas sobre os mais diversos pontos da gestação e do parto. "Porém, devemos lembrar que as experiências de vida são únicas. O que foi excelente para a colega de trabalho pode não ser para você. As pessoas querem que a gente viva a experiência que elas viveram e gostaram, porém esquecem dessa individualidade e geram conflito ao transmitir informações diferentes daquelas que o seu médico falou", observa Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista, obstetra, mastologista e Membro Titular do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). Lembre-se que você é única e tem uma bagagem cultural e de vida diferente de qualquer outra pessoa. Ouça os conselhos alheios, mas analise criticamente e discuta tudo com seu médico para que juntos escolham o melhor caminho.

3. Entenda que o policiamento de suas atitudes é errado

"Ninguém deve interferir na sua condução da gestação e do parto. Dividir experiências e se informar é muito bom para você elaborar vontades. No entanto, esses dados devem sempre ser averiguados por fontes seguras antes de serem aceitas por você. Desconfie de pessoas que agem como policiais de virtudes ou advogadas de uma causa", avisa Alexandre.

4. Participe de grupos de apoio ao parto

Nesses grupos, há profissionais capacitados para auxiliar as gestantes a passarem por essa fase com informação de qualidade e mais tranquilidade. "E você também vai ouvir experiências e trocar informações com mulheres que estão no mesmo momento, lembrando sempre de filtrar ou esclarecer dúvidas com seu médico", fala a psicóloga Julia Bittencourt, especialista em psicologia perinatal e parentalidade. Vários hospitais promovem esse tipo de iniciativa, na qual a gestante também fica sabendo tudo o que ela e a família terão de fazer, levar ou providenciar para o parto e as primeiras horas do recém-nascido.

5. Pratique atividades relaxantes

Segundo Julia, ioga e meditação são as mais indicadas por ensinar técnicas de respiração e de controle da mente, habilidades mais do que bem-vindas para manter o equilíbrio nesse momento de grande apreensão e ansiedade. Massagens também promovem o relaxamento e, de quebra, combatem o inchaço e o cansaço típicos da gestação.

6. Reflita sobre a possibilidade de fazer psicoterapia

"O pré-natal com o obstetra é essencial para sua saúde e a do bebê. Porém, é muito importante também fazer um pré-natal psicológico, pois são muitas as mudanças na vida da mulher, do casal e da família. A terapia pode ajudar em todo esse processo, inclusive para amenizar o medo do parto e dar segurança para a futura mamãe", assegura Julia.

7. Já contate um pediatra

Além das expectativas em relação ao parto, muitas mulheres ainda enfrentam as preocupações sobre os dias do bebê. A dica de Alexandre é não deixar para escolher um pediatra depois do nascimento. "Veja as opções e consulte um ainda durante o período do pré-natal. Ele vai lhe dar informações sobre o processo de aleitamento e cuidados com o recém-nascido, deixando-a mais preparada", afirma.

8. Cuidado com o que lê na internet

Na opinião de Alexandre, outro ponto que gera muita angústia e insegurança são as informações obtidas através de mídias sociais. "Infelizmente, a internet não faz análise crítica do que nela é colocado. Cabe a nós, ao ler uma notícia, buscar a fonte. Quando o assunto é saúde, elas devem se basear em artigos científicos de boa qualidade com metodologia aprovada em conselho editorial ou advinda de meios acadêmicos como faculdades de medicina, hospitais de referência, ministérios ou secretarias de saúde", diz. Importante: todos estes só podem emitir opiniões, informações e notícias sobre assuntos nos quais não apresentem relacionamento profissional com qualquer empresa que possa ter ganho com a informação. E mesmo que a informação seja precisa, falar com um médico é imprescindível.