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Sobrevivente de câncer de mama emociona ao amamentar filho após perder seio

Bo Smith sobreviveu a um câncer de mama e hoje amamenta seu filho, de 10 dias - Reprodução/Facebook
Bo Smith sobreviveu a um câncer de mama e hoje amamenta seu filho, de 10 dias Imagem: Reprodução/Facebook

da Universa, em São Paulo

29/08/2018 12h38

A americana Bo Smith, de 32 anos, viu um momento íntimo seu viralizar nas redes sociais por causa da força do relato que o acompanhava: após perder um seio para um câncer de mama, a mãe comemorava ter conseguido amamentar o filho de 10 dias.

"Nunca se envergonhe de uma cicatriz. Ela simplesmente significa que você foi mais forte do que aquilo que tentou te machucar", começa ela na postagem compartilhada em seu Facebook em 23 de agosto.

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"Eu não posso nem mesmo começar a explicar como me sinto, todos os dias, por conseguir amamentar meu filho após perder um seio para o câncer e ouvir que eu talvez nunca segurasse este menino doce nos meus braços. Não tenho vergonha deste corpo. Ele é o que continua a me lembrar do quanto sou sortuda por estar aqui hoje".

Seis dias depois de ir ao ar, o texto e a foto já acumulam mais de 17 mil curtidas, 1,3 mil comentários e 5,5 mil compartilhamentos na rede social.

Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", Bo contou que foi diagnosticada com câncer de mama inflamatório, um tipo raro e agressivo da doença, em 2015. O noivo a havia pedido em casamento um mês antes da notícia e, na época, ela estava às voltas com os preparativos para a cerimônia.

"Ainda me lembro de estar sentada com a minha oncologista enquanto ela segurava minha mão e me explicava que havia apenas 40% de chance de que eu vivesse mais cinco anos. Eu me sentia tão cansada e anestesiada que não conseguia nem chorar", disse.

"Eu fiquei arrasada. Minhas primeiras palavras foram: 'minha vida acabou, eu nunca vou ser mãe'".

Bo foi submetida a uma mastectomia que retirou seu seio esquerdo, além de quimioterapia e radioterapia, mas optou por manter o seio direito para que ela pudesse ter a chance de, um dia, amamentar seus filhos.

No entanto, apesar de ter recebido permissão dos médicos para engravidar depois de dois anos do diagnóstico, o tratamento havia impactado sua fertilidade. "Meu médico me explicou que eu teria mais sorte optando direto pela fertilização in vitro, mas eu queria tentar tão naturalmente quanto fosse possível no começo".

Três dias antes do último Natal, após apenas alguns meses de tentativas com o auxílio de terapia hormonal, Bo descobriu que estava grávida.

"Eu achava que nunca estaria aqui hoje. Vi amigas morrerem da mesma doença que eu tinha. Assisti mulheres perderem tanto e eu achei que não havia esperança. Mas sempre há, mantenham a fé", disse ao jornal.

"Decidi postar a imagem para mostrar que não importa quais cicatrizes cada um tenha, sempre há formas de encontrar um lado positivo nelas. Sim, eu perdi meu seio, mas ainda tenho o outro para alimentar meu filho lindo. Cicatrizes não são nada além do que a história de onde você esteve na sua vida e você deve ter orgulho delas e de si mesmo, por ter passado por isso", concluiu.