Toda casquinha é caspa? 7 mitos e verdades e como tratar o couro cabeludo

A caspa, apesar de ser um problema muito comum, é encarada com vergonha por quem sente o couro cabeludo descamar. Poucas são as celebridades que colocam a questão sob os holofotes, mostrando aos fãs que também passam por isso.

Tyra Banks e Robert Pattinson, entretanto, deixaram o tabu de lado e já admitiram que sofrem com o problema que afeta aproximadamente 50% da população adulta no mundo todo, segundo estudo publicado no Jornal de Dermatologia Clínica e Investigativa.

Com tanta reserva, o assunto acaba se transformando numa armadilha cheia de mitos. Veja, abaixo, alguns deles.

Caspa e dermatite seborreica são a mesma coisa: MITO

Essas alterações no couro cabeludo podem até parecer iguais, mas guardam suas particularidades. Tais condições podem estar associadas, mas são patologias distintas.

As dermatites são descamações maiores, que não se soltam com facilidade e estão relacionadas com oleosidade e inflamações; já a caspa é associação do desequilíbrio da flora do couro cabeludo mais a presença de um fungo. As descamações da caspa são menores e caem sobre os ombros, quando o cabelo está seco.

Caspa tem relação com falta de higiene: MITO

O constrangimento de falar sobre caspa tem total relação com a ideia de que a falta de higiene seja a causadora desse problema. Mas não é bem assim. Ela pode ocorrer por diferença de temperatura, mudança de estação, aumento na produção de sebo ou até predisposição familiar.

É uma armadilha associar a caspa e a dermatite com sujeira, pois se você lava muito os cabelos, no intuito de acabar com as casquinhas, a tendência é que essa higiene excessiva piore o problema, deixando o couro cabeludo ainda mais desequilibrado.

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Caspa e dermatite seborreica não têm cura: VERDADE

A cura ainda não existe para esses casos, mas muitos tratamentos entregam bom controle. Águas micelares podem ser utilizadas, além de xampus sem sulfato e com propriedades calmantes. O boné de LED pode diminuir a inflamação no local, ajudando a reduzir os processos da formação da dermatite, assim como peelings, laser, aparelhos de sucção e limpeza de couro cabeludo.

Toda descamação no couro cabeludo é caspa: MITO

Casquinha se soltando do couro cabeludo pode não ser resultado de dermatite seborreica ou caspa, pois acúmulo de cosmético também causa essa característica incômoda. Uma boa maneira de evitar a descamação do couro cabeludo envolve o uso de produtos de forma adequada. Sendo assim, não aplique condicionadores e leave-in na raiz e faça um bom enxágue.

Xampu anticaspa é sempre a melhor opção contra descamação: MITO

Como a caspa é uma associação de desequilíbrio da pele e um fungo; a tendência de nova crise em curto espaço de tempo é grande quando você só compra um xampu que mata o micro-organismo e não trata o couro cabeludo.

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O ideal é tratar esse couro cabeludo também, acalmando e equilibrando através de produtos específicos para esse fim, já presentes no mercado.

Meditar ajuda a melhorar a descamação do couro cabeludo: VERDADE

Por incrível que pareça, relaxar, seja através da meditação ou outras práticas que promovam o bem-estar, faz com que períodos de crise, principalmente de dermatite, sejam evitados. Uma das formas de tratar essas descamações, além do acompanhamento clínico, é relaxar! Fugir do estresse.

Além disso, muitas vezes estamos ansiosas e colocamos muito a mão no cabelo, piorando o quadro. E nada de arrancar as casquinhas! Isso só vai inflamar mais a região.

Xampu transparente é melhor para quem sofre com o problema: VERDADE

Pacientes com descamação no couro cabeludo, seja caspa ou dermatite seborreica mais severa, devem optar por xampus não perolados. Já as de couro cabeludo sensível podem optar por xampus sem sulfato. Os antifúngicos, corticoides, com LHA e ácido salicílico também são utilizados, porém podem ressecar os fios.

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Fontes: Carolina Simoni, educadora Davines; Cris Dios, cosmetóloga e tricologista; Letícia Roselli, farmacêutica especializada em química cosmética; Valéria Marcondes, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

*Com matéria publicada em 29/03/2018

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