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Amy Schumer revela que foi estuprada em sua primeira vez

Amy Schumer, atriz de "Descompensada" - Andrew Burton/Getty Images/AFP
Amy Schumer, atriz de "Descompensada" Imagem: Andrew Burton/Getty Images/AFP

do UOL, em São Paulo

02/02/2018 11h36

A humorista Amy Schumer revelou que foi estuprada durante seu primeiro encontro sexual na adolescência.

Em uma entrevista que foi ao ar no podcast da apresentadora Katie Couric nesta quinta, dia 1º, a estrela do filme "Descompensada" falou sobre a banalização da violência sexual e do caso do também humorista Aziz Ansari, acusado de abuso sexual no último mês.

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"Minha primeira experiência sexual não foi boa. Eu não pensava nisso até que eu comecei a ler meus diários novamente. Quando aconteceu, eu escrevi sobre isso como se fosse algo casual. Foi algo como 'eu olhei pra baixo e percebi que ele estava dentro de mim'. Ele dizia 'eu sinto muito' e 'eu não posso acreditar nisso'". 

Amy ainda continuou explicando que teve experiências semelhantes em relações seguintes. "Eu estava em outro momento com um namorado e ele tinha pedido para pararmos. Mas fui completamente ignorada".

É por isso que, para ela, é importante que se discuta o caso de Aziz Ansari, que teria agido de maneira semelhante, de acordo com o relato anônimo da mulher com quem ele saiu. Amy acredita que, embora não se possa qualificar como crime a situação, ela também não é aceitável.

"Eu não acredito que alguém queira ver a carreira de Aziz arruinada, ou a vida dele, mas é o que as pessoas pensam. Elas questionam: 'ele merece isso?'. E não é essa a questão’. É sobre se expressar e mostrar às mulheres que este comportamento não é OK. Você não só pode ir embora, como você deve". 

“Se você tem um médico que te deixa desconfortável, se você recebe uma massagem ou tem um date que te coage e coloca numa situação como a do caso do Aziz, eu não acho que haja algum tipo de acusação criminal. Mas acho que é bom para todo mundo saber que isso não é legal. Isso pode afetar uma mulher. Não podemos deixar que as coisas continuem como continuaram porque há diferentes níveis [de abuso]".