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Nada de chupeta, açúcar ou paninho? Mães contam como pagaram a língua

mãe, bebê, chupeta personalizada - Getty Images
mãe, bebê, chupeta personalizada Imagem: Getty Images

Gabriela Guimarães e Marina Oliveira

Colaboração para o UOL

20/09/2017 04h00

A gravidez cria uma séria de expectativas nos pais e muitos prometem não repetir vários comportamentos de outras famílias, que consideram inadequados. Mas aí chega o bebê e... tudo muda. Cinco mulheres contam, a seguir, o que elas juravam que não fariam, mas fizeram.

“Filho meu dorme sozinho, no próprio quarto”

“Ainda solteira, eu não conseguia entender como seria possível descansar com um bebê dormindo na cama, junto com os pais. Casei e, um ano depois, engravidei. Planejei um quarto lindo para meu filho, era um ambiente agradável, para que ele ficasse calmo e pudesse dormir bem, sozinho, desde pequeno. Aí ele nasceu e não dormia – sofreu muito com cólicas. Eu virei uma zumbi – com olheiras e exausta. Uma noite, então, meu marido viajou a trabalho e eu adormeci com ele na minha cama. Para a minha surpresa, ele dormiu a noite inteira! Depois de dois meses, tive horas de sono seguidas. Não tirei mais ele da nossa cama! Só há um ano e meio que ele dorme sozinho, no quarto dele.” Amanda Dadona Souza, 29 anos, fotógrafa. Mãe de Miguel, 4 anos


“Meus filhos não vão se apegar a brinquedos”

“Sempre achei errado viciar a criança em paninhos e brinquedos. O meu primeiro filho, Pedro, nunca teve apegos, então, consegui manter minha convicção. Mas veio a Juju e elegeu uma joaninha de brinquedo para ser seu objeto inseparável. Ela também pegou e amou a chupeta – que era meu pesadelo, não queria que fizesse uso de jeito nenhum. Como ela sofria muito de cólicas, a ‘pepeta’ era o conforto dela. Agora, tento levar essas coisas com mais leveza. Vou tirar a joaninha e a chupeta no tempo certo, com o mínimo de sofrimento possível.” Kelly Costa, 34 anos, designer de sobrancelhas. Mãe de Pedro Henrique, 11 anos, e Ana Julia, 2 anos

“Minhas filhas serão amamentadas só no peito até os 3 anos”

"Eu abominava o uso de mamadeira e chupeta. Amamentaria minha filha exclusivamente no peito até 3 anos ou mais. Mas aos 4 meses, o primeiro susto: ela não ganhava peso e precisei introduzir fórmula. Um ano e meio depois, ela entrou na escola e ao ver os amiguinhos com chupeta quis também. Não tive outra opção, a não ser deixar. Com a minha segunda filha, eu já tinha menos regras: já levei a chupeta para o hospital. Meu leite continuou não sendo suficiente e aos dois meses eu já precisei complementar a amamentação com fórmula.” Patricia Rodrigues, 26 anos, manicure. Mãe da Anna Clara,3 anos, e Melissa, 9 meses.

“Elas não vão comer nada com açúcar”

“Eu jurei que não daria doce e alimentos industrializados para as minhas filhas. Mas, após os seis meses de amamentação exclusiva, eu já me pegava comendo chocolate e dando um pedacinho para elas, mordendo um pão de queijo e outro pedacinho, um gole de iogurte para mim, outro para elas... Ao mesmo tempo, eu também introduzia frutas, legumes e verduras. Não me arrependo da minha decisão, porque acho que isso as ajudou a não desenvolverem alergias alimentares e a serem crianças sem frescura para comer. Eu consegui ensinar para elas que é preciso ter equilíbrio, comer um pouco de tudo.” Rita Moraes, 32 anos, vendedora. Mãe de Ketley, 13 anos, e Agatha, de 10 anos.

“Minha filha não vai brincar com celular”

“Eu sempre disse que minha filha não seria distraída por uma babá eletrônica – o celular. Até que precisei levar ela a um evento de trabalho, porque não tinha com quem deixá-la. Para mantê-la ocupada, entreguei meu celular e ela ficou jogando. Conclusão: foi a maior paz. Depois disso, quando precisava dela distraída, deixava que jogasse. Fiz isso até quando estávamos só nós em casa e eu queria um minuto de silêncio. Tempos depois, acabei dando um celular só para ela, aos 6 anos – outra coisa que sempre achei um absurdo e disse que não faria. Tomei a decisão quando minha filha voltava sozinha de ônibus escolar. Um dia o transporte atrasou e eu fiquei desesperada por não ter notícias. Não tive dúvidas, no dia seguinte dei na mão dela um celular antigo meu e paguei minha língua mais uma vez.” Tatiana Fanti, 34 anos, empresária, mãe da Maria Eduarda, de 9 anos.