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Uber procura uma mulher para ser sua CEO e chega a nomes de três homens

O escritório da Uber em São Francisco - Getty Images
O escritório da Uber em São Francisco Imagem: Getty Images

do UOL, em São Paulo

08/08/2017 10h49

Depois das alegações de assédio sexual e sexismo dentro de seus escritórios nos EUA, que viralizaram no início do ano, a Uber procurava uma mulher para ser sua nova CEO, mas teria afunilado sua lista de possíveis candidatos para três nomes — de homens — desde então, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal americano "The Washington Post".

Ainda segundo a publicação, as grandes executivas do mercado não demonstraram interesse em substituir Travis Kalanick. Entre as que disseram "não" estariam a COO (Chief Operating Officer) do Facebook, Sheryl Sandberg, Susan Wojcicki, CEO do Youtube, a chefe da General Motors, Mary Barra, e Carolyn McCall, CEO da Easy Jet. Já a líder da HP, Meg Whitman, se retirou da disputa de maneira bem púbica, em seu Twitter:

"Normalmente, eu não comento boatos, mas a especulação sobre meu futuro e a Uber se tornou uma distração. Então vou deixar isso o mais claro possível:  estou totalmente comprometida com a HP e planejo continuar sendo a CEO da empresa. Nós ainda temos muito trabalho a fazer e eu não vou a lugar nenhum. A CEO da Uber não será Meg Whitman", escreveu.

Desde de que Travis Kalanick se afastou do cargo em junho, um comitê de cinco diretores tem buscado pelo novo candidato — que ainda não fez nenhum anúncio formal. O desejo de preenchê-lo com uma mulher tem sido apontado por experts da indústria de tecnologia como um exemplo do fenômeno "the glass cliff", em que mulheres são cogitadas e convidadas para posições de poder quando há uma crise — e, por isso, se tornam mais sujeitas a críticas. Foi o que aconteceu com Marissa Mayer à frente do Yahoo. 

Entre as companhias que são parte da lista das 500 empresas mais lucrativas do mundo, da Forbes, apenas 6,4% são comandadas por mulheres.