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Desfralde: 11 dicas para tirar a fralda da criança sem tanta complicação

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Mariana Bueno

Colaboração para o UOL

27/07/2017 04h00

O período de desfralde do bebê varia muito de criança para criança. Pode acontecer logo cedo ou mais tarde, pode ser tranquilo ou complicado. Para ajudar pais e seus filhos a passar por esse momento de forma tranquila e sem traumas, algumas mães compartilham suas dicas de ouro:

Observe o tempo da criança

“Comecei o desfralde quando minha filha tinha aproximadamente 2 anos. Fui observando que ela fazia xixi ou cocô na fralda e ficava incomodada. Algumas vezes tirava a fralda para fazer e isso me fez perceber que ela já estava preparada”, conta Bárbara Calmeto, mãe de Beatriz, 6, e Lucas, 11 meses, autora do blog Mãespecialista.

Explique a situação

“As crianças são muito espertas e entendem tudo que é explicado. Minha dica é não ficar falando demais e ser direto e claro nas explicações. Disse que ela já estava uma mocinha e que ia usar somente calcinhas. Comprei várias peças coloridas e ela ficou superanimada. Tem vários livros infantis que falam sobre essa fase na linguagem da criança, vale a pena também”, diz Bárbara.

Não repreenda

“A criança vai fazer algumas vezes na roupa e isso é esperado. Quando isso acontecia, eu trocava e pronto. Não repreendia nem nada. Tem que ter paciência. Fui persistente e deixava sem fralda. Quando ia ao vaso, eu parabenizava, mas sem muita festa. Sempre tratei como um assunto natural”, explica Cali Galiasso, mãe de Hana, 6.

Avise na escola

“Se a criança estiver na escola e esta for parceira, uma boa conversa pode ser muito benéfica nessa fase. Lá eles têm técnicas que vão colaborar no processo. Mas se a escola não for muito parceira, pelo trabalho de vazar na roupa e a limpeza, aí prejudica. Então, vale a pena conversar com a coordenação pedagógica”, indica Bárbara.

Envolva todos ao redor

“Acho importante ser algo em conjunto com a escola e com a família, para que a rotina da criança não seja alterada e as práticas sejam as mesmas em todos os ambientes que ela circula. Além disso, ter o comportamento dos outros amigos da escola como espelho ajuda muito, mas é indispensável o acompanhamento em casa, isso dá à criança mais segurança também”, aponta Danielle Joia, mãe de João Gabriel, 5 anos, e Rodrigo, 2 anos e 11 meses.

Aposte na regularidade

“Eu colocava minha filha no vaso a cada duas horas aproximadamente, mas, às vezes, o xixi escapava. O cocô, que gera mais pânico, só escapou uma vez. Nunca usei penico, já fui direto para o vaso sanitário, pois as crianças repetem nossas ações e o fato de ela me ver usando o vaso sanitário ajudou. O desfralde da minha filha foi muito fácil”, afirma Cali.

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Deixe o momento divertido

“É bom tornar a ida ao banheiro um momento divertido e leve. Eu fiz um quadro de incentivo e, a cada vez que ela acertava fazer no vaso, ganhava um adesivo que ela ama. Ou seja, toda hora ela queria ir até lá”, diz Bárbara.

Respeite a individualidade

“Sou divorciada desde que meu filho tem 1 ano e 3 meses, foi uma separação conturbada e ele adoeceu muito, teve dificuldades de fala... A psicóloga me explicou que, por tudo isso, teria de fazer as coisas aos poucos, com tempo. Comecei o desfralde diurno aos 3 anos e o noturno aos 4. Tem pais que acham mais cedo tranquilo, mas eu preferi não tentar a sorte”, conta Franciene Verciano, mãe de Tiago, 4.

Sem comparações 

“Não existe tempo definido para o desfralde. Existem casos e casos, tudo vai depender depende da dinâmica de cada casa e principalmente do comportamento de cada criança! Levei seis meses com meu filho mais velho e estou há 10 meses com o caçula, mas ainda sem sucesso. O xixi foi mais rápido, mas ainda estamos sofrendo com o cocô até hoje, e ele está às vésperas de completar 3 anos! Só começarei o desfralde noturno após a conclusão do diurno”, diz Danielle.

Não volte atrás

“Mesmo depois do desfralde noturno meu filho continuou fazendo xixi na cama. Minha mãe quis que eu voltasse atrás, mas falei que não. E assim fui fazendo. Levanto sempre por volta de 3 horas da madrugada para levá-lo ao banheiro até que ele consiga controlar”, conta Franciene. Bárbara concorda. “Se tirou da fralda, não volte mais. Esse processo de ir e voltar deixa a criança confusa”.

Tenha paciência

“É uma fase de controle e isso é difícil e demorado. É bom anotar quantas vezes está vazando e quantas estão acertando no vaso para observar se as escapadas estão decrescendo. E se a criança não estiver progredindo no desfralde, vale a pena reavaliar se ela está sendo incentivada pelos cuidadores”, finaliza Bárbara.