Paixão esfriou? 9 dicas pra sair da rotina e retomar o tesão na vida sexual

Depois que a fase da paixão passa —período que dura, em média, dois anos—, é natural que a vontade de transar diminua em relacionamentos estáveis, principalmente quando o casal divide o mesmo teto.

Casais que atravessam fases complicadas ou turbulentas na união, como nascimento de um bebê ou uma doença, têm mesmo a sexualidade comprometida. Outro fator principal para o distanciamento sexual é o excesso de trabalho. Por isso, hoje em dia, a falta de disposição sexual é uma queixa comum entre casais jovens e sem problemas.

Com tanto cansaço acumulado, como ter animação para transar no fim do dia? Para casais que só se veem de manhã ou à noitinha por conta da rotina, o desafio é ainda maior ainda. Por fim, mais do que preguiça, homens e mulheres estão sendo muito cobrados nos diversos papéis que desempenham -como pais, profissionais, filhos, amigos-, o que tem feito que se sintam desestimulados em relação ao sexo.

Uma maneira de reverter a situação é abandonar a velha crença de que sexo bom é espontâneo, ardente e passional. É preciso pensar e agir de forma racional. Como? Agendando o sexo. Virando para o outro e perguntando: "amanhã, tal horário, podemos transar?". Afinal, se os dois ficarem aguardando a vontade surgir, o mais provável é que queiram virar para o lado e dormir.

Lembre-se: o desejo precisa ser cultivado. O casal deve criar oportunidades para aumentar seu potencial erótico. Para isso, às vezes será necessário lutar contra a situação fisiológica do cansaço, do estresse e da preguiça.

Além disso, algumas medidas simples, porém eficientes, podem ajudar a conciliar a rotina cansativa com uma vida sexual ativa.

Veja algumas estratégias:

Invista em transas de qualidade

Você e o par só conseguem ficar juntos pra valer durante o fim de semana - e, mesmo, assim, por pouco tempo? É melhor, então, apostar na qualidade do sexo, com direito a uma sessão prolongada de preliminares, massagens, banho de banheira, um bom vinho... Namorar, ainda que só no sábado e/ou no domingo, vai dar pique extra para enfrentar a próxima semana e segurar a saudade até lá.

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Rapidinha, por que não?

Se vocês moram juntos, que tal acordar um pouco mais cedo não só pra darem conta da correria do dia, mas aproveitarem a oportunidade para tomar um banho a dois e se jogarem numa rapidinha bem gostosa?

Planeje-se com antecedência

Se vocês trabalham em turnos distintos ou têm escalas para cumprir nos fins de semana, é preciso montar uma espécie de agenda amorosa para conseguirem programar as folgas, as férias e até brechas na rotina para se encontrarem para almoçar ou tomar um café no meio do dia. Em vez de sofrer ou se martirizar por achar que isso tira a espontaneidade da relação, pense que é a medida mais inteligente para conciliar seus interesses.

Imponha-se horários rígidos

Quem costuma levar trabalho para casa, inclusive nos fins de semana, precisa marcar um horário para começá-lo e terminá-lo e tentar cumpri-lo à risca. Essa é uma forma de evitar que as tarefas profissionais atrapalhem os momentos de romance. O ideal é se fechar em algum cômodo da casa e aproveitar algum período em que o par esteja envolvido em outras atividades.

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Avalie os ladrões de tempo

Nem sempre dá para reduzir a carga horária profissional, mas é possível analisar se outras atividades vêm tomando um tempo precioso na sua vida que poderia muito bem ser preenchido com sexo. Por exemplo: será que não há visitas em excesso na sua casa no fim de semana? Você passa metade do sábado colocando as tarefas domésticas em dia? Sempre que pode dá uma conferida no WhatsApp ou em outras redes sociais e, quando se dá conta, perdeu horas que poderiam ter sido mais produtivas?

Crie momentos de conexão

É interessante inventar situações que mantenham vocês dois ligados ao longo do dia. Um bilhete deixado dentro da bolsa ou no bolso do paletó pode alegrar o dia da pessoa, assim como uma mensagem no celular desejando sucesso na reunião ou uma ligação para perguntar se foi tudo bem no compromisso são demonstrações de carinho, zelo, atenção e cuidado. Hoje existem muitas possibilidades de um casal ficar conectado, mas é preciso que seja algo verdadeiro, e não por pressão.

Dedique-se de verdade

Não use o sexo como mais um item a ticar na sua lista. Quando estiver transando, esteja 100% presente no momento. Tire da mente as preocupação com o projeto emperrado, a irritação com as chatices da colega de equipe, o receio de não conseguir a promoção desejada. Desligue a TV e o celular e faça do momento na cama o seu único propósito de vida naquele instante.

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Não use o trabalho como desculpa

Reflita: seu emprego consome mesmo boa parte de seu tempo e de suas energias ou você o está usando como uma estratégia inconsciente para afastar o outro? Ralar além do que precisa e criar situações para não estar junto, como levar trabalho para terminar em casa, às vezes são atitudes covardes para melar uma relação que já não anda boa, pelo menos para você. Analise se vale a pena manter as coisas como estão.

Não vire refém do medo de perder o emprego

Em tempos de instabilidade econômica e desemprego, muitas pessoas acabam acumulando funções ou aceitando tarefas além da conta para mostrarem que são úteis, produtivas e importantes para a empresa. A pergunta é: vale a pena sacrificar a vida pessoal por causa disso? O receio de uma demissão compensa tanto esforço ou, pensando bem, é inútil, pois as decisões fogem ao seu controle. É ótimo batalhar por aquilo que se quer, mas sem se submeter a pressões ou circunstâncias que podem até colocar sua saúde em risco.

Fontes: Andrea Seixas, psicóloga, professora-adjunta da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro e pesquisadora dos temas família, casal e conjugalidade; Carolina Ambrogini, ginecologista e coordenadora do Projeto Afrodite do Departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); e Cibele Fabichak, mestre em fisiologia pela Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) e autora do livro "Sexo, Amor, Endorfinas & Bobagens" (Ed. Novo Século)

*Com matéria publicada em 11/05/2015

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