Strippers virtuais realizam fantasias à distância e cobram por minuto
Quem acompanha a série "Pé na Cova", da Globo, tem visto a personagem Odete Roitman (Luma Costa) ganhar a vida fazendo shows de striptease pela internet. A história fictícia tem seu lado cômico e os exageros típicos de personagens caricatos, mas qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Foi então que Ana percebeu o grande interesse e a dificuldade que os homens tinham de encontrar mulheres realmente a fim de se exibir e de fazer sexo virtual. "Assim, veio a ideia de cobrar por exibições", explica. "Em pouco tempo, eu já acumulava uma centena de clientes pagantes".
Hoje, a stripper tem empresa registrada e domínios próprios, paga impostos, investe em publicidade e conta com o auxílio de outras pessoas em suas produções e sites: (www.anastriper.net e www.nuanarua.com).
"Fazer striptease lida com minha vaidade e segurança emocional. Tenho que gostar de mim, me sentir bem e não ter preconceitos para realizar exibições com sensualidade e naturalidade. Ser realizada no meu trabalho acabou me tornando uma mulher mais disposta, criativa e segura em minha relações sexuais", revela.
Já Juliana Ferrari (que prefere não divulgar seu site), 26, entrou nessa há oito meses. Sua atividade principal era a de acompanhante. Atualmente, faz de sua profissão como stripper virtual, além de uma fonte de renda, um cartão de visita para quem deseja sair com ela.
"Vi que era muito prático. O cliente já paga na hora, online, e eu faço o que ele pedir. Como a demanda está grande, até aumentei o valor", fala. "Esse é o meu trabalho, minha renda. Com o dinheiro que ganho, invisto em estudo para outra profissão que também quero seguir", completa.
O dia a dia
Ana está disponível para o trabalho de segunda a segunda, com pausas e intervalos para tarefas cotidianas, como mercado, banco, compras e academia. E ela sempre tira um dia da semana para folgar e sair com os amigos.
Jujuba mantém uma média menor: de quatro a cinco atendimentos diários, pois nem sempre se sente disponível para a atividade. Por isso, não segue uma rotina. "Mas costumo acordar, ver quais clientes estão agendados, me preparar e, então, aguardá-los para fazer o meu show".
Fantasias
Quanto custa?
Os shows são individuais e pagos com antecedência. Ana não revela valores, mas garante que ganha muito bem.
"Não digo porque vão achar que estou mentindo. Posso dizer que trabalho 14 horas por dia e ganho muito mais do que em uma atividade formal ou se seguisse minha formação de psicóloga. Todas as minhas despesas, bens e investimentos têm como única fonte meu trabalho como stripper virtual e vídeos exibicionistas".
Nos sites, estão disponíveis os preços cobrados. Eles variam de acordo com o tempo e as atividades incluídas no pacote. Jujuba faz três tipos de show, que vão de R$ 15 (10 minutos) a R$ 45 (30 minutos).
Juliana Ferrari cobra R$ 50 por 15 minutos, R$ 80 por 25 minutos e R$ 100 por 40 minutos.
Ana disponibiliza cinco tipos de pacote (incluindo um show lésbico, com preço a combinar). Seus valores variam de R$ 20 a R$ 60 e dependem do tipo de show e do tempo comprado.
Entre outras situações, as garotas citaram pedidos como masturbação, gemidos, fazer o cliente de “escravo”, ouvir casos reais de histórias picantes e fantasias com figurinos.
Fama versus Anonimato
Ana prefere não esconder, mas gosta de manter a sua intimidade. "No início, ninguém sabia, mas, com o tempo, passei a ser muito solicitada pela mídia para dar entrevistas. A partir disso, decidi não me esconder mais e aproveitar todas as oportunidades de divulgar meu trabalho".
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