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Cabeleireiro ensina a usar a chapinha em casa para criar visuais que vão além do super liso

SHÂMIA SALEM

Colaboração para o UOL

10/08/2011 07h00

Apesar de ser capaz de alisar até os fios mais difíceis, o poder de ação da chapinha não para por aí. “Dependendo da forma como ela é manuseada, dando giros de 360 graus à medida que é deslizada na mecha ou puxando-a para cima ao chegar na ponta do cabelo, por exemplo, é possível criar ondas ou cachos e até reduzir o volume da raiz quando a escova progressiva já venceu”, afirma o cabeleireiro Bruno Di Maglio, do salão Loft Hair Boutique Cidade Jardim, em São Paulo.


E para quem acha que quanto mais alta a temperatura do aparelho, melhor o resultado, o especialista avisa: “Se o calor do acessório usado em casa ultrapassar os 180 graus, o que pode acontecer quando a mulher compra uma prancha de uso profissional, há o risco do cabelo queimar, literalmente, e perder água, queratina e lipídeos. Com isso, além de ressecar e a cor desbotar, ele perde o brilho, fica com aparência de mau tratado e toque áspero”, alerta o cabeleireiro.

Regra geral, para evitar problemas é preciso ficar atenta à temperatura, que em alguns modelos do acessório é mostrada num visor localizado na carcaça, e sempre espalhar um protetor térmico no cabelo antes de começar o chapá-lo. “Para garantir essa proteção, na hora da compra é importante verificar no rótulo do produto se ele contém ativos quaternizados ou catiônicos, em especial o fenil trimeticone ou o quatérnio 70. Como eles têm carga positiva, são atraídos pelo cabelo, que possui carga negativa e, com isso, envolvem o fio por completo e isolando-o do calor da prancha”, explica a engenheira química Camila Cerdeira, da K.Pro Profissional.

Os mesmos cuidados devem ser tomados por quem possui chapinha que pode ser utilizada nos fios úmidos. “As que são desenvolvidas para essa finalidade têm um sistema com dutos de saída de vapor nas laterais da placa. Assim, os fios secam e são modelados ao mesmo tempo e sem danificar a fibra capilar”, garante a diretora comercial da Luxor no Brasil, Betina Hoffmann.

Tecnologia a favor da beleza e saúde dos fios

Não se deixe seduzir apenas pelo design da chapinha. Foque a atenção na tecnologia oferecida pelo aparelho na hora da compara para reduzir a agressão à fibra capilar, agilizar a modelagem e garantir um melhor resultado ao penteado. Veja sugestões:
Cerâmica - O mineral reveste a placa da prancha deixando a superfície dela lisa, o que permite que o aparelho deslize mais facilmente no cabelo e sem danificá-lo.
Íons negativos - Esses átomos ficam nas placas internas de aquecimento da prancha e ao entrarem em contato com o fio fecham as cutículas, diminuindo os arrepiados
Nano silver - "É o nome dado a micropartículas de prata 25 vezes menores que os poros e capazes de combater bactérias e fungos, o que deixa o cabelo e o couro cabeludo mais limpos e protegidos", diz Betina Hoffmann, da Luxor.
PTC - A sigla para Positive Temperature Coefficient identifica um sistema de aquecimento rápido, com baixo consumo de energia e presente tanto na placa superior quanto na inferior da chapinha. Dessa forma, a temperatura que envolve o cabelo por cima e por baixo é a mesma, o alisamento é realizado por igual e sem a necessidade de passar o acessório varias vezes na mesma mecha
Safira - Esse mineral precioso tem ação semelhante à da cerâmica. “A vantagem é que é mais resistente e, assim, aumenta a vida útil do aparelho”, explica Marcelo Righetti, cabeleireiro do salão Studio Prime, em São Paulo, e técnico da Taiff
Titânio - "Além de produzir calor, suportar altas temperaturas e aumentar a durabilidade do equipamento, esse metal, que reveste a placa da prancha, combate bactérias, fungos e radicais livres que deixam a consumidora mais suscetível à seborreia e queda capilar", diz Marcelo Righetti
Turmalina - O mineral é usado para potencializar a ação dos íons e fazer o efeito liso durar mais