Jornalista diz ter sido assediada sexualmente por Donald Trump em 1995
A jornalista Elizabeth Jean Carroll, ex-colunista da revista americana "Elle", acusou nesta sexta-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tê-la assediado sexualmente em um provador de uma famosa loja de Nova York há quase 24 anos.
Carroll é conhecida no país pela coluna de conselhos que escrevia para a "Elle" e contou à revista "New York" sobre o caso, ocorrido em 1995 e que será relatado por completo em um livro com previsão de lançamento para o próximo mês.
Os dois teriam se encontrado, segundo a jornalista, na loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan. Trump abordou Carroll chamando-a de "a senhora dos conselhos" e pediu ajuda para comprar um presente para uma "garota". Os dois, então, começaram a circular pelos corredores em busca de algo que agradasse à misteriosa mulher.
A jornalista contou como Trump fazia comentários para exaltar sua riqueza, dizendo que planejou comprar a Bergdorf. Em um momento, o agora presidente americano chamou Carroll de velha ao ouvir que ela tinha 52 anos, quase a mesma idade dele.
Quando os dois chegaram ao departamento de lingeries, Trump sugeriu que a jornalista vestisse uma das peças em exposição, recebendo como resposta uma brincadeira de Carroll, que indicou que ele é quem deveria vesti-la.
Depois de os dois chegarem à área de provadores, Trump ficou tornou violento, a jogou contra a parede e tentou beijá-la. Na sequência, ele teria colocado as mãos sobre a vagina de Carroll, abrindo seu zíper e colocando o pênis para fora, tentando estuprá-la.
Carroll afirmou que conseguiu se desvencilhar de Trump após menos de três minutos. E já se antecipou às perguntas que sabe que terá que responder depois denunciar o agora presidente dos EUA.
"Relatei à polícia? Não. Contei a alguém? Sim, a duas amigas íntimas. Tenho fotos ou alguma prova visual? As câmeras de segurança da Bergdorf devem ter nos captado na entrada da loja", disse a jornalista à "New York".
E por que Carroll não o denunciou antes? "Receber ameaças de morte, deixar minha casa, ser despedida, humilhada e me unir às 15 mulheres que divulgaram histórias críveis como o homem as agarrou, incomodou, menosprezou, maltratou, assediou sexualmente e estuprou só para vê-lo negar, ameaçar e atacar nunca soou divertido", respondeu. EFE
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