• ENTRE

publicidade

Topo

Tribunal condena 9 mulheres a receber 20 chicotadas por protestos no Sudão

Decisão foi anunciada um dia depois de Al Bashir, por conta do Dia Internacional da Mulher, ter ordenado a libertação das mulheres detidas - Reprodução/Daily Monitor
Decisão foi anunciada um dia depois de Al Bashir, por conta do Dia Internacional da Mulher, ter ordenado a libertação das mulheres detidas Imagem: Reprodução/Daily Monitor

Da EFE, em Cartum

10/03/2019 08h55

Nove sudanesas foram condenadas neste sábado a receber 20 chicotadas e a um mês de prisão por um tribunal de exceção de Cartum por participarem dos protestos contra o presidente do Sudão, Omar Al Bashir, informou o grupo opositor Aliança Democrática de Advogados.

O veredicto foi anunciado um dia depois de Al Bashir, por conta do Dia Internacional da Mulher, ter ordenado a libertação de todas as mulheres detidas por participar das manifestações.

O presidente anunciou o estado de emergência na semana passada, o que levou à proibição das manifestações e ao estabelecimento de tribunais de emergência em todo o país para julgar as pessoas que descumpriram essa proibição.

A Aliança de Advogados afirmou em comunicado que mais de 800 pessoas foram julgadas em tribunais de emergência nos últimos dias, sendo que a maioria delas foi absolvida.

No Sudão os protestos contra Al Bashir são quase diários desde 19 de dezembro do ano passado, em um movimento popular que começou devido à deterioração da situação econômica no país.

As manifestações se transformaram em poucos dias no maior desafio para a autoridade do presidente desde que assumiu o poder, em um golpe de Estado em junho de 1989.

Ontem, por conta do Dia Internacional da Mulher, as autoridades libertaram a mando de Al Bashir 38 das 41 dissidentes que seriam contempladas pela anistia, de acordo com a oposição.

Para tentar acalmar a população, Al Bashir renunciou à presidência do partido governante e, além disso, fez várias mudanças em seu gabinete e em outros cargos de responsabilidade nas Forças Armadas e no Banco Central.

Apesar dessas medidas, os protestos continuaram no país e na última terça-feira houve uma greve geral que, segundo a oposição, teve uma ampla adesão no setor privado. 

12 Comentários

Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.

Wellington 07

Independente das "piadinhas" feitas com as feministas, é triste ler uma matéria dessa. Tenho muita pena de quem nasce num lugar desses.

rebitat

O PIOR QUE NÃO DEVEMOS ACREDITAR NAS REPORTAGENS, POIS QUASE NUNCA SABEMOS DA VERACIDADE DO ASSUNTO, POREM QUANDO ESSAS MULHERES SE LIBERTAREM DA OPRESSÃO, VEREMOS ELES SIMILAR AS BRASILEIRAS FEMINISTAS, QUANDO APARECEM NO CARNAVAL, AV PAULISTA, COPACABANA ETC ETC. EM OUTRAS PALAVRAS SÃO DOIS EXTREMOS, EXCESSO NA REPRESSÃO E EXCESSO QUANDO LIBERADAS.