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Filhos tendem a seguir passos das mães nas relações amorosas, diz estudo

Getty Images
Imagem: Getty Images

Da EFE

13/11/2018 21h18

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos descobriu que as pessoas cujas mães tiveram mais parceiros, seja casando ou morando junto, frequentemente seguem o mesmo caminho e tendem a ter vários relacionamentos amorosos.

De acordo com o estudo publicado nesta terça-feira pela revista "Plos One", as mães podem transmitir traços de personalidade e habilidades de relacionamentos que fazem com que os filhos tenham "mais ou menos chances" de ter relações estáveis.

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"Nossos resultados sugerem que as mães podem ter certas caraterísticas conjugáveis que as tornam mais ou menos desejáveis no mercado do casamento e melhor ou pior nos relacionamentos. As crianças herdam e aprendem essas habilidades e esses comportamentos e podem levá-los aos seus próprios relacionamentos", afirmou a principal autora, Claire Kamp, professora da Universidade Estadual de Ohio.

Os dados utilizados foram extraídos da Pesquisa Nacional Longitudinal de Jovens de 1979 e da Pesquisa Nacional Longitudinal de Crianças e Jovens Adultos, que acompanhou os filhos biológicos das mulheres do primeiro estudo por pelo menos 24 anos e por isso os pesquisadores conseguiram uma visão abrangente do número de parceiros das duas gerações.

As pesquisas incluíram informações não só sobre casamentos e divórcios, mas também sobre relacionamentos posteriores. Assim, Claire e a equipe descobriram que tanto o número de casamentos quanto de parceiros subsequentes das mães eram semelhantes à quantidade de relacionamentos que seus filhos tiveram com o passar do tempo.

Os resultados mostraram também que os irmãos que passaram mais tempo com as mães e outros parceiros delas - não os pais - tiveram mais relacionamentos do que os irmãos que não viveram por tanto tempo a situação.

Os pesquisadores analisaram três teorias sobre as razões que levam os filhos a terem tendência de seguir as mães em termos de quantidade de relacionamentos.

Uma diz que muitos acabam com os relacionamentos devido à instabilidade econômica que experimentaram associadas ao fim do casamento e da convivência, o que faz com que sejam menos estáveis como casal. Uma segunda teoria sugere que a experiência real de ver a mãe no processo de divórcio ou de uma ou várias rupturas leva a pessoa a ter mais parceiros.

A terceira ideia, ao contrário, afirma que as mães que tiveram uma relação estável e duradoura com o marido também impactaram no resultado dos relacionamento dos filhos no futuro.