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ONU pede ação urgente para erradicar discriminação contra comunidade LGTB

Pedido foi feito por Victor Madrigal-Borloz em seu primeiro discurso como relator do tema  - Getty Images/iStock
Pedido foi feito por Victor Madrigal-Borloz em seu primeiro discurso como relator do tema Imagem: Getty Images/iStock

Da EFE, em Genebra

18/06/2018 12h14

Um especialista em direitos humanos da ONU pediu nesta segunda-feira (18) a todos os Estados-membros que tomem "ações urgentes" para erradicar a violência e discriminação contra a comunidade LGBT.

Assim afirmou o novo relator especial da ONU para a proteção contra a violência e a discriminação baseada na orientação de gênero e identidade sexual, Victor Madrigal-Borloz, em seu primeiro discurso oficial perante a 38ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começou hoje em Genebra.

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"A cada dia milhões de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e pessoas com outras identidades sexuais são submetidas a ações de grande crueldade unicamente baseadas em quem são ou ao que desejam ser", sustentou Madrigal-Borloz.

"Negar este fato é ofensivo para a dignidade de todos os que estão sujeitos à discriminação, assim como para a consciência global", acrescentou.

Neste sentido, defendeu que "se opor a criar ações para proteger este coletivo desafia a lógica e qualquer justificativa".

O relator opinou que o estigma e os preconceitos, reforçados por leis e regulações discriminatórias, são "a raiz" da violência e da discriminação e garantiu que "nenhum país e nem região do mundo estão isentas desta praga".

O especialista denunciou que mais de 3 bilhões de pessoas vivem em países nos quais as leis ou outras medidas criminalizam seus cidadãos pela sua orientação sexual, por isso que considera que o reconhecimento do problema e a adoção de medidas efetivas comportariam uma "diferença significativa".

Por isso, pediu a todos os membros das Nações Unidas que escutem o testemunho de pessoas afetadas pela discriminação e que "empreendam ações".