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Pesquisadora canadense descobre rainha egípcia: Neferneferuaton Tasherit

A historiadora da arte e especialista em semiótica visual Valérie Angenot - Reprodução/Facebook
A historiadora da arte e especialista em semiótica visual Valérie Angenot Imagem: Reprodução/Facebook

Da Ansa, no Cairo

27/04/2019 14h35

Uma pesquisadora da Universidade de Québec em Montreal (Uqam) descobriu a existência de uma rainha egípcia até então desconhecida e de uma diarquia enquanto o célebre faraó-menino Tutancâmon (1336-1327 a.C.) não tinha idade para governar.

O estudo, conduzido pela historiadora da arte e especialista em semiótica visual Valérie Angenot, foi publicado no site da universidade e apresenta uma nova visão sobre o Antigo Egito.

Há meio século, diz a pesquisa, os egiptólogos sabiam que uma rainha havia reinado entre a morte do faraó Aquenáton (aproximadamente 1351-1334 a.C.) e a ascensão de seu filho, Tutancâmon, de apenas nove anos de idade, ao trono. Os estudiosos, no entanto, divergiam sobre a identidade dessa misteriosa soberana.

Com base em pesquisas epigráficas e iconográficas, Angenot concluiu que Aquenáton, além de se casar com a própria filha Meritaton para prepará-la para sua sucessão, teria na sequência associado ao poder outra herdeira, Neferneferuaton Tasherit.

As duas, de acordo com a pesquisadora canadense, reinaram juntas após a morte do pai, "durante três ou quatro anos", com o nome de "Neferneferuaton Ankhkheperure".