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Presidente de Cuba afirma ser a favor do casamento gay

Miguel Diaz-Canel, 1° presidente civil após a Revolução Cubana, em 1959 - Adalberto Roque/AFP
Miguel Diaz-Canel, 1° presidente civil após a Revolução Cubana, em 1959 Imagem: Adalberto Roque/AFP

Da ANSA, em Roma

17/09/2018 17h15

O novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, declarou nesta segunda-feira (17) ser a favor da legalização do casamento gay pela nova Constituição do país, que está atualmente em discussão no Parlamento.   

Díaz-Canel, que substituiu Raúl Castro no dia 19 de abril, alegou em entrevista à emissora "Telesur" que o governo quer "eliminar qualquer tipo de discriminação na sociedade".   

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O casamento entre pessoas do mesmo sexo é o principal pleito da comunidade LGBT de Cuba. A nova Consituição da ilha está sendo discutida desde julho, e o texto final deve ser submetido a um referendo em fevereiro de 2019.   

A atual Carta Magna estabelece que "o casamento é a união voluntária de um homem e uma mulher", posição defendida pela Igreja Católica. O arcebispo de Santiago de Cuba, Dionísio Garcia, afirmou que o matrimônio gay é "antinatural".   

A deputada Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro, vem sendo há anos uma das mais célebres defensoras dos direitos da comunidade LGBT no país caribenho. Em 2010, Fidel Castro reconhecera as "injustiças cometidas contra os homossexuais" no passado, que forçaram o exílio de diversos intelectuais e artistas nos anos 1960, 1970 e 1980.