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Emporio Armani, Max Mara e Fendi mostram suas coleções em Milão

De Milão (Itália)

19/09/2014 12h07

A elegância e simplicidade das coleções de Max Mara e Emporio Armani para a primavera/verão 2015 deslumbraram nesta quinta-feira (18) o público da Semana de Moda de Milão, que apresentou também os novos looks da Fendi, Just Cavalli, Dsquared2 e Prada.

Max Mara se inspirou na tapeçaria, com cores dos anos 70, chapéus com estampas florais, grandes óculos e combinações um pouco mais ousadas para sua tradição sóbria. A combinação de branco e preto, junto com bege e cáqui, dominam grande parte de sua coleção.

O estilista surpreendeu o público com um divertido look estampado com grandes flores rosas, com acessórios combinados, das botas até o chapéu.

Em outros looks o estilo da marca é respeitado, com conjuntos de jaqueta cruzada cáqui com lapela branca ou no estilo safári combinadas com saias marrons e foulard amarrado ao estilo de 30 anos atrás.

Vesti azul

A cor azul com todos os seus tons, cheios de energia, marca a coleção da Emporio Armani. O mar, as listras, as sandálias altas de salto alto, os acessórios, tudo é azul: metalizado, brilhante ou opaco.

"É uma cor internacional, que, além de tudo, emagrece", confessou no final do desfile o famoso estilista italiano, que muitas vezes usa em suas coleções apenas preto e cinza.

A segunda linha de Armani aposta nesta temporada em todo tipo de look, com babados ou retos, de materiais como seda e algodões lisos. "Proponho as formas que as mulheres amam, fáceis de usar mas intrigantes", disse Armani, que apresentou looks com os ombros à mostra, shorts, calças amplas, jaquetas com apenas um abotoamento e até uma original gabardina de listras grossas em azul e branco.

Arquitetura fashion

A primavera da Fendi vem marcada pelas orquídeas, os looks curtos, amplos, e as saias plissadas.

A marca vai mudar para Roma sua sede pelo período de 15 anos, a partir de janeiro de 2015, no famoso Coliseu Quadrado, monumento encomendado pelo ditador Benito Mussolini em 1935 para que ser a peça central da exposição universal de 1942.

O prédio, ícone da arquitetura fascista, simétrico e racionalista, inspira os famosos estilistas Karl Lagerfeld e Silvia Venturini Fendi para uma temporada em que o jeans aparece mais uma vez e é misturado com outros materiais e novas combinações.

O espírito futurista da época fascista se reflete nos moldes inéditos, no uso do plástico, nas sobreposições e no couro, material fetiche da marca.

As saias transparentes são amplas, assim como as calças, os acessórios usam o couro com plumas e as camisas aparecem com franjas horizontais em couro. As orquídeas inspiram as fivelas para os cabelos longos e os acessórios, como as bolsas, têm franjas também, com detalhes em uma harmonia própria.

Mix

Já a dupla canadense Dean e Dan Caten, da Dsquared2, joga com os grafismos, as cores e os volumes. As saias são minúsculas ou super longas, enquanto as calças aparecem com cintura baixa. As cores são elétricas e surgem também estampas abstratas. Por sua vez fiel a seu estilo, Roberto Cavalli propõe estampas, túnicas vaporosas, jaquetas curtas e saias plissadas combinadas com lenços finos de seda no pescoço.

Miuccia Prada mostrou uma coleção singular que nasceu da criação de cada peça, de sua essência, do fio, do tecido e da costura. A estilista desafia a arte antiga e não tem medo de usar velhos teares para fazer tecidos carregados de bordados, que mistura com materiais primários, linhos crus, algodões essenciais e simples.

A modelagem de suas peças é simples e linear, as formas são sóbrias e clássicas, ressaltadas pela grande riqueza de alguns detalhes do passado, com adornos dourados, quase como uma tapeçaria. O conjunto da Prada brilha por sua originalidade e modernidade.