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Valentino lamenta não ter deixado herdeiros e faz apologia de Carla Bruni no Eliseu

22/01/2008 12h36

ROMA, 21 Jan 2008 (AFP) - O estilista italiano Valentino, que apresenta seu último desfile nesta quarta-feira em Paris depois de 45 anos de carreira, admitiu hoje à imprensa italiana que seu maior arrependimento é o de não ter deixado um substituto em sua casa de costura.

"Meu maior arrependimento? Não ter tido tempo nem vontade de formar um jovem pronto para ficar no meu lugar. Se eu não fiz isso, é porque a idéia de entregar meu lugar nunca me entusiasmou", afirmou ele ao Corriere della Sera.

"Vou sentir falta de poder desenhar, mas certamente não terei saudade desse mundo (da moda). A moda, eu sempre repito, é podre. Todo mundo faz as mesmas coisas. Falta desafio, criatividade e alegria. Hoje, é tudo uma questão de quantia", declarou o estilista, de 75 anos, em uma entrevista ao La Stampa.

O que vai fazer quando se aposentar? Além da jardinagem e do cultivo de rosas, de seus cães e do ski na Suíça, Valentino diz ter vontade de "desenhar roupas para a ópera".

Apesar das modelos Eva Herzigova, Claudia Schiffer e Karen Mulder serem anunciadas em seu último desfile, nesta quarta-feira, no Museu Rodin em Paris, faltou a presença de Carla Bruni, outra queridinha do estilista.

"Eu tentei trazê-la, mas ela está muito ocupada no momento. Ela é uma mulher magnífica, uma mulher adequada para o Eliseu, ela tem todas as qualidades de uma primeira-dama", afirmou Valentino ao La Stampa.

O estilista contou que o museu parisiense do Louvre pediu a ele que preparasse uma retrospectiva de sua carreira com 200 de suas criações, a ser inaugurada em 18 de junho. No mês de maio, no festival de Cannes será exibido um filme biográfico chamado "Valentino, le dernier empereur" (Valentino, o último imperador, em livre tradução), dirigido por Matt Tyrnauer.