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Valentino, à beira da aposentadoria, lamenta não ter deixado herdeiro

21/01/2008 13h01

ROMA, 21 Jan 2008 (AFP) - O grande estilista italiano Valentino, que apresenta na quarta-feira em Paris o desfile que coroará seus 45 anos de carreira, disse nesta segunda-feira à imprensa italiana que sua maior tristeza é não ter formado uma espécie de filho espiritual que o substitua.

"O que lamento mais? Não ter tido tempo nem vontade de formar um jovem disposto a ocupar meu lugar. Se não o fiz é porque gosto de concentrar tudo: a idéia de ceder o posto nunca me agradou", afirmou ao Corriere della Sera.

"Vou sentir muita falta de não desenhar mais, mas sobretudo deste mundo (da moda). Mas a moda, repito, está estragada. Todo mundo faz as mesmas coisas. Faltam desafios, criatividade e alegria. Agora, só se trata de fazer negócio", declarou o estilista, de 75 anos, em outra entrevista ao jornal La Stampa.

Grandes modelos como Eva Herzigova, Claudia Schiffer e Karen Mulder participarão na quarta-feira de seu último desfile no museu Rodin de Paris. Uma das 'top' preferidas pelo estilista não irá ao evento: Carla Bruni, atual noiva do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Valentino disse também que o museu do Louvre pediu que prepare uma retrospectiva de sua carreira com 200 de suas criações, para uma exposição que será inaugurada no dia 18 de junho. Em maio, coincidindo com o festival de cinema de Cannes, ao sul da França, será apresentado um longa-metragem intitulado "Valentino, o Último Imperador", dirigido por Matt Tyrnauer.