Como chegou onde está e o que foi importante nessa trajetória?
Sou formada em gestão empresarial pela Universidade Sorbonne e fiz pós-graduação específica em mercados ibéricos e América Latina, porque desde jovem tinha um sonho de trabalhar em outros países. Trabalhei na França, na Espanha e em Portugal até ser contratada pela The Body Shop na direção de varejo na Espanha e em Portugal em 2011. Em 2015, fui promovida a diretora comercial e de expansão para o Brasil. Fiquei encarregada de desenvolver novas lojas para o mercado brasileiro e pelo processo de expansão das franquias da marca em todo o país. Dois anos depois, em 2017, fui nomeada CEO da empresa aqui.
Quais mudanças você operou nas lojas que já existiam no Brasil?
Eu mudei cerca de 60 lojas do antigo conceito da Empório Body Store para The Body Shop (a Empório era uma rede de franquias gaúcha que, em 2013, foi incorporada pela L'Oréal, então dona da The Body Shop). As transformações foram, principalmente, em layout, fachada, mobiliário e lançamento de 220 produtos. Nesse mesmo período, retiramos alguns produtos da linha Empório Body Store e, os mais vendidos, foram reformulados para fazerem parte do portfólio da The Body Shop. Além disso, fechamos cerca de 30 operações que faturavam baixo e aumentamos em 50% o número das que davam bons resultados, o que ampliou também a rentabilidade dos nossos franqueados.
Qual foi a sua participação na contratação da apresentadora Fernanda Lima, como embaixadora da marca, em 2017?
No início daquele ano, ao assumir a posição de CEO, era claro para mim que precisávamos aumentar o investimento na marca. O varejo estava já há um par de anos lutando contra a crise e entrando numa guerra de preços, mas eu acreditava firmemente que a solução não era seguir por aquele caminho.
Tomei a decisão de revisar o orçamento e realocar verba para a comunicação. Para isso, precisávamos contar com uma embaixadora local. O nome da Fernanda surgiu por causa de suas convicções, seu ativismo e afinidade com os nossos produtos.