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Escola militar de GO afasta professor acusado de assediar aluna de 15 anos

Denúncia foi registrada pelo padrasto da vítima na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - iStock
Denúncia foi registrada pelo padrasto da vítima na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Imagem: iStock

Mariana Gonzalez

Da Universa

16/05/2019 15h53

Resumo da notícia

  • O Colégio Estadual da Polícia Militar Gabriel Issa, em Anápolis (GO), afastou o professor de Educação Física após denúncias
  • Segundo a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, ele teria pedido fotos e vídeos de uma aluna de 15 anos pela rede social Snapchat

O Colégio Estadual da Polícia Militar Gabriel Issa, que fica em Anápolis (GO), a 55 quilômetros de Goiânia, anunciou nesta semana que decidiu afastar um de seus professores após suspeitas de assédio.

Segundo a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde o crime foi registrado, o profissional teria enviado mensagens de cunho sexual a uma aluna de 15 anos, pela rede social Snapchat.

A Delegacia informou ainda que, segundo a denúncia feita pelo padrasto da vítima, aluna e professor estariam se comunicando pela plataforma há cerca de um ano, mas só no início de 2019 ele começou a elogiar a garota, pedindo fotos e vídeos dela.

Incomodada, ela teria ido à direção do Colégio reclamar do comportamento do professor, que lecionava Educação Física.

Na terça-feira (14), no Instagram, a escola publicou uma nota de esclarecimento dizendo que continua apurando o caso e que a decisão de afastá-lo veio da Coordenação Regional de Educação.

"O comandante e diretor do Colégio esclarece que, sobre a denúncia de assédio envolvendo um professor desta escola, assim que teve conhecimento do caso, na manhã de segunda-feira (13) todas as medidas cabíveis foram tomadas. Ocorreu uma reunião com a responsável legal da aluna e o fato foi reportado aos órgãos competentes para abertura de processo investigatório/sindicância", escreveu a escola.

No Twitter, o professor se manifestou dizendo estar surpreso com as acusações.

"Quero esclarecer a todos que não tenho Snapchat! Tive está rede social há dois ou três anos e não sei nem login nem a senha! Peço a todos que antes de julgar investiguem se é verdadeiro", escreveu.

Ele diz, ainda, acreditar que alguém tenha se passado por ele no aplicativo.

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Imagem: Reprodução/Twitter

Alunos do Colégio Gabriel Issa e outros usuários do Twitter usaram a hashtag "quem omite consente" para se manifestar contra a escola na rede social.

Posicionamentos

A Polícia Militar do Estado de Goiás afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que é a responsável apenas por questões estruturais e disciplinares das escolas militares, mas não pela contratação e gestão dos professores. Ainda assim, a instituição disse que solicitou o afastamento do profissional à Secretaria Estadual de Educação, que é responsável pelo corpo docente.

Procurada, a Secretaria Estadual de Educação informou por meio de nota: "Em relação à denúncia de assédio sexual envolvendo um professor e uma aluna do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Gabriel Issa, em Anápolis, a Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) esclarece que será aberta uma sindicância, sob a responsabilidade da Gerência de Processo Administrativo Disciplinar, para averiguar os fatos e se houver veracidade na denúncia será instaurado um Processo Administrativo (PAD) contra o professor. Como medida de segurança para todos os envolvidos e para que a apuração dos fatos ocorra dentro da normalidade, a Seduc já afastou o professor da unidade escolar onde lecionava".

O caso foi registrado como assédio. Foi instaurado um inquérito e o professor será intimado a depor.