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Mulheres protagonizam um mundo em evolução


Emma Watson faz 29 anos: como atriz foi além de Hermione e virou um ícone?

Reprodução/Vanity Fair
Imagem: Reprodução/Vanity Fair

Da Universa

15/04/2019 14h44

Emma Watson faz 29 anos nesta segunda-feira (15) -- difícil acreditar que já tenha passado tanto tempo desde que a gente conheceu aquela garotinha de 9 anos na saga "Harry Potter".

Aqui, vale reforçar que virar uma celebridade na infância pode ser difícil. Cair no esquecimento ou ser tomado pelas vaidades da fama são alguns dos obstáculos que podem surgir no caminho -- algo que não atingiu Emma. A atriz não só foi além da personagem Hermione como também se tornou um ícone que inspira muitas mulheres mundo afora.

E como a atriz se tornou esse exemplo? Uma palavra define bem: consistência.

Hermione: A precursora

A própria Hermione Granger é um exemplo. Uma personagem mulher, quando o feminismo ainda engatinhava em termos de engajamento público, chamava a atenção dos jovens que acompanhavam a saga.

Hermione é uma bruxa nascida-trouxa -- na trama, "trouxas" são as pessoas "comuns", que não pertencem ao universo da magia -- e lutava contra essa segregação imposta pelos mais conservadores na história. O que fazia muito bem, já que Harry e Rony, os outros protagonistas, certamente não estariam vivos no final se não fosse por todas as suas soluções.

Na época, Emma entrou para o Guinness World Records como a atriz mais rentável da década por conta de suas atuações em seis longas da saga "Harry Potter".

De "Harry Potter" à vida real

Com o fim da saga, em 2011, Emma se tornou uma feminista na vida real.

Aos 24 anos, a britânica se tornou Embaixadora da Boa Vontade da ONU (Organização das Nações Unidas), no lançamento da campanha HeForShe, que tem como intuito unir homens e mulheres na busca de igualdade de gêneros. Um dos seus discursos nesse cargo viralizou nas redes sociais na época.

"Homens, eu gostaria de aproveitar essa oportunidade para estender nosso convite formal. Igualdade de gênero é seu problema também. Nós queremos acabar com a desigualdade entre os sexos e, para fazermos isso, nós precisamos do envolvimento de todos. Quando, aos 14 anos, eu comecei a ser sexualizada pela mídia, quando, aos 15, minhas amigas começaram a deixar os esportes que tanto amavam porque não queriam ficar musculosas demais, quando, aos 18 anos, meus amigos homens eram incapazes de expressar seus sentimentos, eu decidi me tornar uma feminista. Para deixar registrado, o feminismo, por definição, é a crença de que homens e mulheres devem ter igualdade de direitos e oportunidades. É a teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos".

Incentivo a outras mulheres

Em outras de suas ações, Emma espalhou cem livros de "Mom & Me & Mom", clássico feminista da autora americana Maya Angelou, pelas estações de Londres a fim de incentivar outras pessoas a lerem a obra.

Discussões em clube de leitura

Ela criou ainda um clube de leitura, o Our Shared Shelf (Nossa Estante Compartilhada, em tradução livre), em que escolhe títulos de temáticas feministas e pede aos seguidores que leiam o mesmo livro em determinado período de tempo. Logo depois, todos discutem suas impressões pelas redes sociais de Emma.

Porta-voz em prol das mulheres

Em 2016, Emma escreveu uma carta aberta ao prefeito de Londres, Sadiq Khan, em que cobrava o cumprimento do seu programa eleitoral em que apoiava a luta da mulher. Na ocasião ela e outras ativistas, como J.K. Rowling, pediram que fosse erguida uma estátua em frente ao Parlamento em homenagem às primeiras sufragistas

#EstuproNãoÉCulpaDaVitima

Por meio de suas redes sociais, Emma usou a hashtag #EstuproNãoÉCulpaDaVitima para manifestar sua solidariedade a uma garota de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, em 2016.