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Grávida e vegana: o que Tatá Werneck deve fazer para uma gravidez saudável

Tatá Werneck em gravação do Lady Night -
Tatá Werneck em gravação do Lady Night

Júlia Arbex

Colaboração para Universa

11/04/2019 04h00

Grávida de seu primeiro filho, a atriz Tatá Werneck, de 35 anos, tem tido alguns problemas durante a gestação.

Primeiro, foi um pequeno deslocamento de placenta e a hiperêmese gravídica, que faz com que a mulher tenha vômitos incontroláveis durante a gravidez. Fernanda Lima, que revelou a vinda do terceiro filho, contou, por meio de comentários no Instagram, que está lutando contra a mesma condição.

Há poucos dias, no Twitter, Tatá compartilhou mais um momento de sua gravidez com os fãs:

Mas por que ela precisaria de vitamina B12?

Segundo a nutricionista especializada em veganismo Maria Julia C. Rosa, a B12 é responsável por auxiliar na produção de células vermelhas, além de ser essencial para o desenvolvimento e manutenção do sistema nervoso central e periférico. A suplementação pode ser via oral, por meio de cápsulas, gotas, tabletes e balas ou por meio de injeção.

Deficiência de B12: quem tem?

A vitamina é de origem bacteriana e está presente em alimentos de origem animal e em alimentos vegetais fortificados, como leite, iogurte e queijos vegetais, além de temperos como levedo nutricional. Portanto, quem segue dietas veganas e vegetarianas, como é o caso de Tatá, pode apresentar taxas baixas da vitamina. "No entanto, um grande percentual de pessoas que consome carnes e derivados de produtos animais também apresenta deficiência. Sendo assim, recomenda-se que tanto quem consome vegetais e carnes e quanto os vegetarianos dosem seus níveis de B12 no sangue e suplementem se houver indicação do médico ou nutricionista", afirma.

A deficiência de B12 pode acontecer também em mulheres que realizaram cirurgia bariátrica e que possuem histórico de doenças intestinais.

Alimentação da grávida vegetariana

Para que não haja carência de nutrientes, é preciso ter uma alimentação bem planejada, em quantidades suficientes de alimentos de todos os grupos alimentares. "As refeições devem ser coloridas, compostas por frutas, legumes, verduras e cereais, como trigo, aveia, milho, amaranto e quinoa. Deve-se ingerir também uma boa quantidade de leguminosas como soja, tofu, tremoço, ervilha, lentilha (verde, rosa, rajada), feijão (carioca, preto, branco, rosa, corda, azuki) e grão-de-bico. Além disso, é indicado adicionar alimentos ricos em gorduras boas e vitamina E, como azeite de oliva, castanhas e abacate", esclarece a nutricionista Priscilla Rosa Mazza.

Então a gestante pode ser vegetariana ou vegana?

Sim! Com base em inúmeros posicionamentos de instituições de saúde, a nutricionista Rafaela Senderowicz Mold afirma que a alimentação vegetariana e vegana, desde que bem planejada, é segura e benéfica em qualquer estágio da vida. "As gestantes veganas e vegetarianas, por exemplo, apresentam uma taxa de cesárea inferior à média, além de menor índice de depressão pós-parto e menor mortalidade neonatal e materna. Além disso, a incidência de pré-eclâmpsia, quando a grávida desenvolve hipertensão, e o risco de diabetes gestacional é menor entre elas", diz.

camila e sua filha, Maria Flor: veganas e saudáveis - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Camila e sua filha, Maria Flor: veganas e saudáveis
Imagem: Arquivo Pessoal

Em 2014, a advogada Camila Tonobohn, de 36 anos, descobriu que tinha alergia a proteína do leite e parou de consumir a bebida e seus derivados. Três anos depois, em 2017, ela e seu marido, Daniel, assistiram diversos documentários sobre vegetarianismo e decidiram não comer mais alimentos de origem animal. "Fiquei grávida e, há dez meses, tive minha primeira filha, a Maria Flor. Passei por médicos que disseram que não tinha como ser vegetariana na gravidez. Mas encontrei uma obstetra, uma pediatra e uma nutricionista que apoiaram minha decisão. Hoje, minha filha faz suplementação de vitamina D e B12 e de ferro e vitamina B12. Já eu, faço de B12 também", conta.

Toda grávida deve tomar suplementos

Segundo Priscilla, tomar suplementos não é exclusividade de quem não come carne. Se houver necessidade avaliada por médico ou nutricionista, a gestante deve utilizar a suplementação prescrita pelo profissional. As suplementações sempre são feitas de forma individualizada. As mais importantes são:

  • Ácido fólico: previne anomalias congênitas e defeitos no fechamento do tubo neural do bebê. O ideal é que seja suplementado um mês antes da gravidez e prolongado durante o primeiro trimestre;
  • Ômega-3 (no caso da paciente vegetariana, é utilizado o de algas rico em DHA): auxilia na formação de membranas celulares do Sistema Nervoso Central (SNC) e na redução de risco de parto prematuro. Além disso, auxilia na coordenação das mãos e olhos do bebê e ajuda a melhorar a imunidade;
  • Ferro: é interessante quando há baixa reserva no organismo da gestante, o que pode resultar em anemia.
  • Vitamina B12: evita o risco de descolamento da placenta e a possibilidade de que o bebê nasça com defeitos no tubo neural.
  • Vitamina D3: evita o retardo na formação dos ossos da criança e no crescimento das cartilagens.