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Seu corte de cabelo deu muito errado? Saiba como a lei pode te ajudar

Imagens que doem... Mas calma que tem jeito. - Reprodução
Imagens que doem... Mas calma que tem jeito. Imagem: Reprodução

Marcos Candido

Da Univeras

11/04/2019 04h00

Deu ruim com o cabelo? Ficou aquém das expectativas? Se a estética pode ser difícil de corrigir, seu bolso pelo menos pode ser compensado.

É possível receber uma indenização para um corte de cabelo mal feito por um cabeleireiro. Mas fique ligada: é preciso que o estrago seja bem grande. Vamos ao passo a passo:

O que pode ser considerado erro?

Segundo Marco Antonio Araujo Junior, assessor chefe do Procon de São Paulo, é preciso que o erro seja grosseiro. Por exemplo, usar um produto errado que causou perda do cabelo ou se deparar com um buraco no meio da cabeça quando o era para cortar só as pontinhas.

"Não dá para cobrar como erro, por exemplo, que seu cabelo tenha ficado diferente do de uma atriz que você usou de referência, por que cada pessoa tem características biológicas e físicas que interferem nesse resultado", explica o assessor.

A tinta não pegou direito? Ou pegou errado e você não gostou? O especialista afirma que o cabeleireiro pode exigir que você faça um novo pagamento, sim. "Pois isso não foi considerado um erro, mas algo que ficou aquém das expectativas da cliente", defende.

Indenização por corte de cabelo

A chance de conseguir uma indenização por danos morais aumenta se o erro "doer na alma". Imagine o seguinte cenário: você foi convidada para ser madrinha de um casamento e o corte deu muito, mas muito errado. Ou se você precisava cortar o cabelo para uma entrevista de emprego ou reunião importante. É preciso que a situação seja extremamente constrangedora e que tenha abalo emocional.

O pedido de indenização deve ser feito ao Juizado Especial Cível ou na Justiça comum. O valor será decidido pelo juiz. É bem provável que você receba de volta o dinheiro pago para procurar um salão melhor.

"A prova [para o dano moral] não é simples de fazer. É preciso comprovar como foi o combinado e como deu errado", diz o representante do Procon. Ou seja: leve testemunhas e provas (fotos, vídeos, etc.).

"Antes de meter no pau, negociar não faz mal"

Converse com o profissional. Tente resolver uma saída razoável aos dois. Não tem muito segredo: sente, converse e faça um acordo entre os dois. Dá menos dor de cabeça do que você já teve.