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Indiana é espancada e tem cabelo raspado pelo marido porque não quis dançar

Asma Aziz, se 22 anos - Reprodução/Twitter
Asma Aziz, se 22 anos Imagem: Reprodução/Twitter

Da Universa

02/04/2019 10h49

A indiana Asma Aziz, de 22 anos, teria sido despida e espancada com uma vara, antes de ter todo seu cabelo cortado pelo marido, Mian Faisal, em frente a um grupo de amigos do casal. Segundo a vítima em vídeo publicado no Twitter, o ataque teria começado depois que ela se recusou a dançar para Faisal em frente às outras pessoas.

O caso ficou conhecido depois que é a jovem, que é mãe de três filhos, apareceu nas redes sociais chorando, com a cabeça raspada, cheia de hematomas no rosto, pedindo ajuda ao público para que sua história fosse investigada.

Segundo o "Metro UK", Mian Faisal foi convocado à corte de Punjab nesta segunda-feira (1), em uma audiência em que Asma estava presente.

Na ocasião, a vítima relatou que não foi a primeira vez que Faisal pedia que ela dançasse em frente a seus amigos mas, quando ela recusou, teve sua roupa toda rasgada não só pelo marido, mas pelos outros homens presentes.

"Minhas roupas estavam ensanguentadas. Eu estava preso por um cachimbo e pendurado no ventilador. Ele ameaçou me enforcar nua", disse Asma.

A jovem disse que, embora Faisal tenha sido gentil e amoroso quando os dois se casaram, há quatro anos, depois de seis meses percebeu que seu comportamento começou a mudar. Ele começou a espancá-la depois de beber e, muitas vezes, convidou seus amigos para festas em sua casa.

Asma contou ainda que. quando foi à polícia, os policiais se recusaram a registrar sua queixa porque ela não podia pagar um suborno -- por isso, como disse no vídeo publicado nas redes sociais, ela entendeu que levar o caso a público era sua única forma de pedir ajuda.

Os resultados do exame médico da Asma, divulgados pela Dawn News TV, mostram que ela tinha vários hematomas no braço esquerdo, inchaço nas duas bochechas, um corte na mão, vermelhidão e lacrimejamento no olho esquerdo, além de sofrer com tonturas e vômitos.

A justiça indiana pediu que o agressor e um de seus empregados permaneçam sob custódia até o fim das investigações. Asma segue sob proteção policial.

Segundo o porta-voz da polícia de Punjab, Nabila Ghazanfar, disse à "ARY News" que há uma "investigação de alto nível" em curso para punir os policiais que se recusaram a ajudar a vítima quando tentou prestar queixa.

Anistia Internacional do Sul da Ásia disse, no Twitter, que embora tenha sido uma "ação forte e rápida", está preocupada com o "aumento alarmante de casos de violência contra mulheres".