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"Encontrei o amor na folia": relatos de romances que começaram no Carnaval

Natália Eiras

Da Universa

27/02/2019 04h00

O Carnaval é o ambiente perfeito para beijos apaixonados e casos cuja duração são mais rápidas do que uma lata de cerveja. Porém, nem sempre a "pegação" na folia é tão efêmera quanto a passagem do bloquinho de bairro. Mesmo que as pessoas estejam livres, leves e soltas, cheias de glitter pelo corpo na folia, às vezes, o amor não espera a quarta-feira de cinzas para chegar. A Universa reuniu alguns relatos para quem é romântico mesmo na folia: 


Pescaria mineira

Raísa e Bruno - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Raísa e Bruno
Imagem: Arquivo Pessoal

"Sou mineira de Carangola e moro em São Paulo desde 2014. Dividia o apartamento com uma amiga e estava vivendo um momento de muitas desilusões amorosas. Aos 24, eu fui para os blocos Sargento Pimenta e Bangalafumenga, no pré-Carnaval de São Paulo. Nunca imaginei que no meio da multidão, bêbada, encontraria o amor da minha vida e, ainda por cima, também mineiro. Bebi demais antes de sair. Precisei comer um brigadeiro e passar gelo na nuca para continuar curtindo. E foram esses os segundos mais preciosos da minha vida. Se eu não tivesse sentado um pouco e esperado para voltar para a folia, não teria esbarrado com ele. Desci uma escadaria e, no meio dela, um amigo dele tentou me 'pescar', literalmente, com um cartão de crédito na ponta de uma vara de pescar. Bem leonina, eu gritei: 'Não preciso disso'. Ele puxou o coro: 'Independente'. Pelo sotaque, meu amigo reparou que ele era mineiro. Eu, para chamar a atenção, falei: 'uai sô, também sou mineira'. Ele rebateu: 'forçou, hein?'. Ele me fez rir. Ficamos. Ele foi para o Carnaval do Rio. Eu fiquei. Ele voltou e me buscou. E isso já faz quatro anos."
Raísa Gomes, 28, analista de reputação de marca, de São Paulo (SP)


Match carnavalesco

Ale e Rafael - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Ale e Rafael
Imagem: Arquivo Pessoal

"Eu dei match com o Ale no Tinder dois anos antes de a gente se trombar no Carnaval, mas nunca respondi a mensagem que ele mandou no app. Em 2017, em um bloquinho, eu o vi e lembrei dele. Cheguei em casa e o procurei no aplicativo. Marcamos de nos encontrar em uma festa de Carnaval onde eu estava trabalhando. Mesmo assim, conversamos e nos beijamos. Foi incrível. Estávamos loucos, ele conheceu meus amigos, vimos os shows. Ainda era pré-Carnaval. Ele faz aniversário no dia 4 de março, então, depois do primeiro encontro, ele me chamou para comemorar com ele em um bloquinho, e ficamos juntos desde então. "
Rafael David, 27, relações públicas, de São Paulo (SP)

Webamigos de bloco

Amanda e Ricardo em sua primeira foto juntos - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Amanda e Ricardo em sua primeira foto juntos
Imagem: Arquivo Pessoal

"Em 2015, minha mãe trabalhou com um cara que ela achava que tinha tudo a ver comigo, até tentou juntar a gente várias vezes, mas nunca deu certo. A gente até se seguia nas redes sociais, mas nunca rolou nada, nem conversávamos. Corta para 2017. Estava em um bloco com os meus amigos quando vi um post dele no mesmo lugar. Daí mandei uma mensagem e começamos a conversar para se encontrar. A gente se achou no meio daquela multidão. Papo vai e papo vem, ficamos pela primeira vez. Saímos juntos praticamente o feriado todo --e um mês depois oficializamos o namoro. Estamos completando dois anos juntos."
Amanda Lima, 28, jornalista, de Osasco (SP)


Agrada gregos

Iza e Mari em seu primeiro Carnaval - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Iza e Mari em seu primeiro Carnaval
Imagem: Arquivo Pessoal

"Eu e a Mari nos conhecemos no primeiro dia de Carnaval de 2018. Por incrível que pareça, ela é prima de consideração da minha melhor amiga e nunca havíamos nos encontrado. Pois bem, a gente estava lá no bloco Agrada Gregos [em São Paulo] quando a Mari mandou mensagem para minha amiga dizendo que estava no mesmo local e que queria encontrá-la. A gente se encontrou e o bloco já tinha acabado, mas ninguém queria ir embora. Fomos, então, procurar outro para curtir. Nessa hora, a Mari me ofereceu carona com os amigos dela. Ela estava dando todos os indícios de que me queria, mas eu não estava entendendo nada. Em um certo momento, ela me tascou um beijão depois que mostrei uma foto minha antiga. Ficamos grudadas até o final daquela noite e, depois, curtimos todos os outros dias do feriado juntas. Nesta sexta-feira (1), completamos dois meses de noivado e agradeço todos os dias por esse amor de Carnaval, que durou e virou o amor da minha vida. Antes, a Mari nem gostava desse feriado. Hoje em dia, ama, assim como eu."
Izabelly Rateiro, 24, relações públicas, de São Paulo  (SP)