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Como Neymar e Bruna: o que fazer com as fotos nas redes se relação acabou

Neymar e Bruna Marquezine - Reprodução/Instagram @brunamarquezine
Neymar e Bruna Marquezine Imagem: Reprodução/Instagram @brunamarquezine

Claudia Dias

Colaboração para Universa

27/02/2019 04h00

Essa semana, vimos mais um capítulo daquela novela que nunca acaba: o ex-casal Bruna Marquezine e Neymar. Os dois, teriam desarquivado fotos em que apareciam juntos nas redes sociais. O motivo, segundo UOL apurou, é contratual. Mas a atitude gerou o mesmo frisson de sempre: será que eles voltaram?

Bruna desmentiu. Mas a dúvida é recorrente também às pessoas comuns, que não faturam milhões com os registros online. O que fazer com fotos de amores passados nas redes?

Tem gente que não pensa muito e vai para o lado mais prático: "Apago tudo! O que é passado fica para trás e novas histórias vão abrindo espaço", pratica Claudia Moliani, que atua na área administrativo-financeiro.

A consultora Helena Ramos deixa tudo lá, como estava até então -- "Não vai mudar nada do meu passado", acredita. Já a advogada Aretuza Santos identifica as publicações e edita o tipo de compartilhamento. "Deixo só para eu visualizar. Boas ou ruins, são histórias que vivi e recordações minhas", argumenta.

A verdade é que não existe um certo ou errado nessas horas. Cada pessoa lida de uma maneira, sem contar que cada relação termina de uma forma - às vezes numa boa, às vezes de um jeito bem tenso.

Diante da indecisão sobre o que fazer com o histórico virtual, cabe avaliar: que tipo de sentimento surge ao olhar fotos, vídeos e todo tipo de referência ao ex-casal? Há dor e sofrimento? Ou não é algo tão negativo, insuficiente para interferir no dia a dia? 

"Às vezes é só uma questão de autoestima", diz Camila Moura, psicóloga e especialista em relacionamentos do site de namoro online Amor & Classe. Nesse caso, quanto mais elevado o amor-próprio, mais fácil superar esse tipo de aborrecimento e seguir a vida.

Se causa sofrimento, deleta tudo!

Num primeiro momento, porém, os profissionais tendem a recomendar que as memórias virtuais sejam eliminadas. "Se foi algo traumático, não é interessante ficar olhando o que faz sofrer, o tempo todo", aponta Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência do comportamento e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio (CASME).

Tal atitude também pode alimentar sentimentos ruins, como frustração ou mesmo raiva. "E isso pode contaminar outras relações, pois essa esfera de ressentimentos acaba chegando ao dia a dia", acrescenta Camila.

A psicóloga lembra que, para um fim doloroso de relacionamento ser melhor assimilado, é importante que a pessoa se afaste das memórias. "Sempre que precisamos ressignificar alguma coisa, é preciso tomar uma certa distância da problemática", esclarece.

Yuri, por sua vez, cita outro detalhe: ter acesso às lembranças, sobretudo imagens, tende a resgatar os momentos bons da relação, sendo uma armadilha para a pessoa ignorar os motivos do término - e, assim, dar nova chance ao relacionamento, que provavelmente não era 100% sadio.

Quando os filhos fazem parte das lembranças

Moisés Luz, psicólogo clínico, também acredita que o melhor é eliminar os resquícios nas redes sociais. Entretanto, quando se trata de casamento com filhos, a sugestão é que sejam deletadas apenas declarações de amor, fotos exclusivas do ex-casal e tudo aquilo que tiver conotação romântica. As demais, devem ser mantidas, pois são memórias da família como um todo.

Não tem coragem ou vontade de eliminar todo resquício? Imprima fotos, declarações e lembranças da pessoa que um dia foi importante e contribuiu com sua vida. "Escolha as marcantes e guarde-as em local que não sejam vistas diariamente, mas que possam ser acessadas quando for para lembrar dos bons momentos", sugere Camila.

Já se o histórico não causa nenhum tipo de comoção ou desperta vontade de procurar o ex, não há motivo para apagar. "Deve-se simplesmente 'desencanar': este é o segredo para tocar a vida adiante", avalia a especialista, que vê em tal postura o reflexo de alguém bem-resolvido, pronto para seguir adiante com outros relacionamentos. 

Detalhe importante: se não for possível superar a perda, através de empenho e esforço próprio, o recomendável é buscar ajuda terapêutica. Um profissional é capaz de ajudar a reconhecer e identificar recursos internos para superar o problema.