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Loja britânica suspende venda de peças de lã e gera polêmica na Inglaterra

Peças de lã, como o casaco da foto, devem sair do catálogo da Boohoo até o segundo semestre deste ano - Reprodução
Peças de lã, como o casaco da foto, devem sair do catálogo da Boohoo até o segundo semestre deste ano Imagem: Reprodução

Da Universa

16/02/2019 17h37

A gigante fashion Boohoo, da Inglaterra, anunciou que vai suspender a venda de peças de lã até o segundo semestre deste ano, seguindo orientações da ONG´s de proteção dos animais, entre elas a PETA (Pessoas Pelo Tratamento Ético a Animais, da sigla em inglês).

Embora aplaudida por alguns, a empresa foi criticada por vários outros. A primeira a reclamar foi a associação de agricultores britânicos, que afirmam que tosquiar a lã das ovelhas não envolve nenhuma crueldade.

Outros ativistas ambientais ainda argumentaram que, se não for usada lã, as marcas lançarão mal de materiais sintéticos cada vezes mais, como o poliéster, e esses sim seriam responsáveis por prejudicar o meio ambiente.

Além disso, há quem critique a loja por estar fazendo uma jogada de marketing: a Bohoo, dona das marcas Boohoo, BoohooMAN, PrettyLittleThing e Nasty Gal, foi considerada uma das últimas empresas na lista das mais engajdas pela sustentabilidade. Seria uma tentativa de reverter essa imagem? Ou será que a deixar de usar lã é, de fato, uma atitude em respeito aos animais? 

Marca já foi alvo de críticas 

Em janeiro, a Boohoo estava vendendo um blusão dizendo ser feito 100% de acrílico, mas causou comoção entre os defensores da moda ecologicamente consciente. A peça foi denunciada ao órgão que controla a publicidade no Reino Unido porque continha pelos reais de animais.

A loja, que diz não vender qualquer item que contenha produtos animais, foi advertida e retirou o produto das vendas - no site a peça consta como "fora de estoque". Em comunicado enviado ao jornal The Independent, a Boohoo reafirmou seu compromisso na defesa de uma moda consciente e confirmou a retirada do modelo de suas lojas.