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Baiano critica escola por usar obra de Lázaro Ramos e é acusado de racismo

Lázaro Ramos - Instagram/olazaroramos
Lázaro Ramos Imagem: Instagram/olazaroramos

Mariana Gonzalez

Da Universa

28/01/2019 13h29

O usuário do Facebook conhecido como Leo Pirão, que se identifica como fotógrafo e designer gráfico, se manifestou contra o Colégio Antônio Vieira por adotar o livro "Na Minha Pele", do ator e escritor Lázaro Ramos, como parte da bibliografia obrigatória aos alunos do 1º ano do Ensino Médio. 

"É esse tipo de lixo que as escolas estão empurrando goela abaixo nos nossos jovens", escreveu, ao lado de uma foto do livro -- atitudes que internautas consideram racismo. 

No texto, Pirão disse que "mandar o filho para a escola é uma forma de destruí-lo" e pede que os pais prestem atenção aos "herdeiros". 

Publicação lázaro ramos - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Na sessão de comentários, amigos do fotógrafo e pessoas desconhecidas classificaram a publicação como racista, uma vez que a obra de Lázaro Ramos, publicada em 2017, trata sobre discriminação racial e cultura africana, além da trajetória do ator. 

"Por que um livro que nos faz refletir sobre o quanto deixamos de potencializar talentos brasileiros por cauda do preconceito racial é considerado lixo?", questionou um perfil, enquanto outro disparou: "É por causa de pessoas como você que não prosperamos como sociedade". 

Do outro lado, em minoria, houve quem concordou com a publicação de Pirão e endossou sua crítica. 

"Com tanto autor de qualidade em nosso país... Cabe aos pais reclamarem. Se minha filha ainda estudasse lá, eu seria a primeira", escreveu outra. 

Comentários lázaro ramos - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

A publicação foi feita na noite de domingo (27), mas foi restrita apenas para amigos de Leo Pirão na manhã desta segunda-feira (28), após o fotógrafo receber uma série de comentários negativos. 

Procurado por Universa, Pirão não respondeu a tempo da publicação, assim como o Colégio Antônio Vieira. 

Lázaro Ramos, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que prefere não comentar o assunto.