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Grife é acusada de racismo por se referir a clientes negras como "Serena"

Getty Images
Imagem: Getty Images

Da Universa

07/01/2019 11h55

Uma ex-funcionária da Moschino, Shamael Lataillade, denunciou a grife italiana por racismo ao descrever como ela e seus colegas eram instruídos a se referir a algumas clientes negras por "Serena", provavelmente em referência à tenista Serena Williams

Lataillade processou a empresa por discriminação racial e, em documentos do processo divulgados pelo "TMZ ", relata os "códigos" criados por sua supervisora na loja em que trabalhava, nos Estados Unidos. 

Diante de mulheres "suspeitas", os funcionários deveriam ficar atentos, segui-las de perto por toda a loja, dizer que os produtos desejados estavam em falta e até anotar a placa de seus carros.

Eram entendidas como "suspeitas" as mulheres negras que não têm a silhueta fina e que entram na loja da Moschino sem joias ou roupas caras, ou seja, que aparentam não ter condições financeiras de comprar ali. 

Em alguns casos, segundo a denúncia, a supervisora pedia que os funcionários ligassem para a polícia -- uma das vezes em que isso aconteceu, o cliente era um rapper famoso. 

Ela própria, que é negra e descendente de haitianos, já sofreu racismo da chefe que, rindo, disse que Lataillade praticava vodu. 

Ao "TMZ", a Moschino negou as alegações e garantiu que seu código de conduta "está em conformidade com as leis e valores de emprego e respeita todos os clientes e clientes, independentemente de sua raça ou experiência".