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6 personagens femininas da teledramaturgia que quebraram padrões

Regina Duarte em "Malu Mulher" - Divulgação
Regina Duarte em "Malu Mulher" Imagem: Divulgação

Da Universa

08/12/2018 04h00

Algumas personagens femininas em novelas e seriados expressaram bem as mudanças sociais que mulheres viveram em determinadas épocas, como na clássica "Malu Mulher", de 1979, que mostrava uma mulher divorciada em um momento em que a separação legal ainda era uma novidade - a lei que estabeleceu o divórcio surgiu em 1977 - e o que ela enfrentava como uma mulher desquitada.

    Veja, abaixo, outras personagens que, como Malu, retrataram comportamentos femininos que fugiam à regra:

    Veja também:

    Gabriela, de "Gabriela" (1975/2012)

    Gabriela - Divulgação - Divulgação
    Sônia Braga como Gabriela
    Imagem: Divulgação

    Uma das personagens mais emblemáticas da dramaturgia brasileira, Gabriela (Sônia Braga em 1975 e Juliana Paes em 2012) era uma mulher que vivia sua sexualidade livremente e não segurava seus desejos em nome da moral. Em certo capítulo, ela é cortejada por um amigo do marido e dorme com ele. O marido flagra e o casamento é anulado. Está presente na história a discussão sobre a sexualidade feminina e o julgamento ao vivê-la livremente.


    Griselda, de "Fina Estampa" (2011)

    griselda (lilia cabral), personagem de Fina Estampa - Estevam Avellar/Divulgação - Estevam Avellar/Divulgação
    Lilia Cabral viveu Griselda em "Fina Estampa"
    Imagem: Estevam Avellar/Divulgação

    Também conhecida como Pereirão, Griselda, interpretada por Lilia Cabral, trabalhava como eletricista e encanadora, e, na trama, muitas vezes era motivo de piada por causa da sua profissão, tida como masculina.

    Não se incomodava e continuava fazendo seu trabalho de "marido de aluguel" para sustentar os três filhos. Até que, depois de jogar na loteria por anos, ganha e fica rica.


     Lili,  de "O Astro" (1977/2011)

    Vivida pelas atrizes Elizabeth Savala em 1977 e Alinne Moraes em 2011, Lili era uma taxista que, a despeito do sonho da mãe em vê-la casada o mais rápido possível, decidiu trabalhar porque, dizia, queria ganhar seu próprio dinheiro. 

    Foi uma entre as várias personagens criadas por Janete Clair que mostravam mulheres que não correspondiam à ideia de mocinha frágil e romântica. Entre elas vale destacar Chica Martins, de "Fogo Sobre Terra" (1974), interpretada por Dina Sfat. A personagem queria sair da fictícia Divinéia, no interior do Mato Grosso, para morar na cidade grande. Desejava se libertar do caminho que acreditava lhe ser o normal para mulheres do seu meio: casar, ter filhos e cuidar da casa. Principalmente porque cresceu vendo o pai bater na mãe.


    Lucinha,  de "Pecado Capital" (1975/1998)

    Vivida por Betty Faria na primeira versão e por Carolina Ferraz na segunda, a personagem é operária de uma fábrica de tecidos, mas tem planos de mudar de carreira e ter mais dinheiro. O noivo, Carlão (Francisco Cuoco/Eduardo Moscovis) não entende a ambição dela, o que faz os dois entrarem em constantes conflitos. Lucinha não queria ser apenas mulher de alguém e deixava isso claro. No decorrer da novela, ela vira uma modelo de sucesso.

    Malu, de  "Malu Mulher" (1979)

    Malu Mulher - Divulgação - Divulgação
    Regina Duarte em "Malu Mulher", de 1979
    Imagem: Divulgação

    A protagonista do seriado era uma socióloga paulista, divorciada e mãe de uma garota de 12 anos, de quem tinha a guarda. Um perfil comum em 2018, mas, em 1979, dois anos depois da criação da Lei do Divórcio, que instituía a separação legal no país, uma mulher separada e independente ainda era novidade. A série mostrava situações em que Malu era julgada por causa do seu estado civil.

    Tieta, de "Tieta" (1989)

    Tieta - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
    Em "Tieta", Betty Faria viveu a protagonista que voltava à sua cidade natal após ser expulsa
    Imagem: Reprodução/Instagram

    Mais uma adaptação da obra de Jorge Amado que trazia uma protagonista que vivia sua vida sexual livremente - e pagava um preço por isso. Tieta, vivida por Claudia Ohana e Betty Faria, foi expulsa da cidade de Santana do Agreste aos 18 anos pelo pai, após ser flagrada transando com um homem. Foi condenada por ter relação com quem queria. Voltou 20 anos depois, rica, para se vingar dos que a humilharam. E passa a ser paquerada pelos mesmos homens que a criticaram no passado.