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Suzanna Freitas e filho de Piovani: pode química no cabelo de criança?

Antes e depois: filha de Kelly Key com 5 anos e hoje, com 17 - Reprodução/Instagram
Antes e depois: filha de Kelly Key com 5 anos e hoje, com 17 Imagem: Reprodução/Instagram

Luiza Souto

Da Universa

20/10/2018 04h00

A atriz Luana Piovani mostrou em sua rede social um vídeo em que o filho mais velho, Dom, de 6 anos, aparecia com o cabelo descolorido. Mas para especialistas, a "brincadeira" não deve ser permitida em casa. Viviane Coutinho, a tricologista (especialidade da dermatologia que cuida do couro cabeludo e dos fios) alerta que qualquer procedimento químico pode trazer malefícios como alergia, principalmente em crianças, além de alterar a saúde do cabelo.

A filha da cantora Kelly Key, Suzanna Freitas, também postou depoimento essa semana explicando que começou a fazer escova progressiva aos 5 anos. Segundo ela, a escova progressiva era feita porque ela sofria bullying por causa dos cachos. “Os cabelos das minhas amigas sempre foram lisos. Já fui chamada de poodle”, declarou ela no Instagram, na terça-feira (16). Hoje a moça está com 17 anos e afirma fazer botox capilar.

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Viviane explica que o ideal é “não fazer progressiva nem relaxamento em idade nenhuma”, mesmo se a embalagem do produto utilizado avisar que ele é livre de formol. E se insistir em fazer, ensina ela, é melhor “esperar a fase adulta”.

“Além de ser cancerígeno, o produto utilizado nesse tipo de tratamento pode queimar o couro cabeludo, dar dermatite, provocar descamação, aumentar o processo de sebo, danificar a fibra capilar, além de dar outras reações no corpo como fechamento da glote. Em crianças, os efeitos adversos podem ser ainda piores. Tanto que existem cosméticos específicos para este público. O ideal é cuidar do cabelo sem modificar a estrutura dele. Existem produtos para cabelos crespos e enrolados, por exemplo, excelentes para manter a hidratação sem química”, diz a especialista.

Descolorir o cabelo de crianças, como parece ter acontecido com o filho de Piovani, também não é aconselhável. Se for o caso de mudar a cor do cabelo para fazer uma brincadeira, que seja com produtos que não são definitivos, como sprays  que saem na lavagem.

Fórmulas mágicas não existem!

Quem opta por alisar o cabelo deve verificar se o produto é registrado e autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Eles não trazem perigo à saúde, segundo nota da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Verifique todos os componentes do produto, para que se evite alergias e outras reações. Na dúvida, converse com um dermatologista.

A SBD garante que o uso de formol como alisante de cabelos está proibido pela Anvisa desde 2009. "A agência não registra produtos que contenham formol em suas formulações, pois este componente pode causar diversos malefícios à saúde, como irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo. A substância ainda pode dar ardência e lacrimejamento dos olhos, alergias, câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios), dores de barriga e enjoos. Em casos mais graves, o formol pode provocar até a morte", diz comunicado.