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Apple é criticada por lançar iPhones grandes demais para mãos de mulheres

Marcio Jose Sanche/Reuters
Imagem: Marcio Jose Sanche/Reuters

da Universa, em São Paulo

14/09/2018 12h11

Depois de lançar na última semana os novos modelos do iPhone, a Apple tem enfrentado críticas de ativistas feministas nas redes sociais por causa do design dos aparelhos, que seriam muito grandes para as mãos de mulheres.

Segundo os manifestantes, além de ter ignorado as necessidades de suas consumidoras — que têm mãos em média 2,54 cm menores do que os homens — na concepção dos produtos, a empresa também descontinuou o iPhone SE, sua menor criação.

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A ativista que lidera os protestos, Caroline Criado-Perez, afirmou no Twitter:

"A Apple falhou mais uma vez em atualizar o único telefone que fabrica e que cabe na mão da mulher de médio porte. O que há de errado com vocês, Apple? Mulheres compram smartphones, Aliás, mulheres compram mais iPhones do que os homens. Criem pensando em nossos corpos".

Em resposta, a líder do Partido Pela Igualdade das Mulheres no Reino Unido, Sophie Walker, escreveu: "Para os garotos da Apple, nós sabemos que vocês são todos obcecados com tamanho. Mas a performance importa também."

A jornalista do New York Times Zeynep Tufekci comentou ainda:

"Bem-vindos às telas grandes", diz a Apple e mulheres como eu com mãos pequenas que precisam do telefone mais seguro por razões de segurança estão empacadas com algo que não podem segurar sem o risco constante de derrubar. A empresa que desenvolve escritórios de US$ 5 bilhões sem uma creche para as crianças venceu."

Enquanto o iPhone SE, agora descontinuado, tinha uma tela de 5 polegadas, o iPhone XS Max tem uma de 6,5 polegadas.

Ao jornal britânico "The Independent", Caroline Criado-Perez ainda disse que acredita que a Apple não fabrique seus produtos com a intenção de expor mulheres a riscos, mas que a empresa é "simplesmente para de uma indústria e de um mundo que consistentemente falha em relembrar que mulheres são 50% da população".

“É comum esquecer de criar pensando em mulheres. Mas isso não significa que isso seja ok", concluiu.