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Plug anal: o que você precisa saber antes de aderir ao sextoy

Tem modelos que parecem joias! - Reprodução
Tem modelos que parecem joias! Imagem: Reprodução

Christiane Ferreira

Colaboração para Universa

01/09/2018 04h00

Brinquedinhos sexuais dão uma aquecida na relação e esquentam as práticas de masturbação. Quem gosta de novidades, pode ter no plug anal um excelente aliado, para ser usado sozinho ou com o parceiro. O sextoy pode vir em diversos tamanhos, para que o ânus vá se acostumando. Pode ser encontrado em diversos materiais, como metal, silicone, borracha ou vidro, alguns lembram joias e outros vêm com um rabinho acoplado.  

O mais importante é encontrar um modelo confortável e que seja de fácil higienização. Mesmo envolta em muitos tabus, a verdade é que se bem estimulada, a região anal pode ser extremamente prazerosa por ser bastante enervada e contar com ampla irrigação sanguínea.

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Alessandra Furtado, proprietária da A Boutique Erótica, ressalta que vale a pena fazer o teste solo antes, para conhecer seus próprios limites, começando pelo modelo mais fino. Algumas sex shops vendem um kit com plugs de cinco larguras diferentes. “Ele pode ser usado como um complemento ao sexo, enquanto se estimula a vagina ou o pênis com penetração, mãos ou boca. Mas também pode ser usado a sós.”

Adotar um modelo pequeno e ir aumentando gradualmente é prática comum em quem procura pelo acessório, segundo Maísa Pacheco, proprietária de uma sex shop que leva seu nome.

Quero experimentar. Como começar?

Para quem quer se iniciar na brincadeira, a coach de relacionamento e sexualidade, Virginia Gaia, conta que a primeira atitude é estar à vontade com o parceiro. E ter o desejo de experimentar, pois não adianta fazer só para agradar o outro. “É imprescindível usar bastante lubrificante. Deve-se também caprichar nas preliminares, pois é preciso estar bastante excitada, e evoluir gradualmente para o perfeito relaxamento dos esfíncteres anais. Os plugs ajudam a preparar o ânus para a penetração, que também deve ser gradual e feita com cuidado.” Outra dica legal é usar anestésico específico para este fim.

O modelo raposa, que tem um rabo, é muito utilizado como um fetiche, pois a parceira introduz e sai engatinhando de quatro. “Após inserir o objeto, o casal pode se masturbar, ter relações sexuais, movimentar o brinquedo para dentro e para fora do ânus, colocá-lo para vibrar (quando tiver essa funcionalidade acoplada) ou pensar em outras formas de prazer”, explica Maísa Pacheco.

Thiago Andrada, da Innuendo, boutique erótica de São Paulo, comenta que ao adotar o plug anal durante a penetração vaginal, ocorre uma pressão sobre a parede posterior da vagina. “A mulher vai experimentar sensações diferentes, seja com a introdução do pênis do parceiro, ou de um vibrador. O acessório pode ser interessante na hora do sexo oral ou da masturbação. Ao atingir o orgasmo, as contrações musculares serão sentidas com muito mais intensidade e estimularão as terminações nervosas ao redor do ânus”, completa.

“Pus o plug e fui ao shopping” 

A professora universitária Fátima Nogueira*, 45 anos, descobriu o plug anal assistindo aos filmes pornôs. Ela e o namorado se divertem com o brinquedo com certa frequência e, de quebra, apimentam a relação. “Normalmente, a gente usa na cama. Mas já rolou de ele pedir para eu ir um dia passear no shopping com o plug ‘instalado’ e sem calcinha. Ainda fiz uma selfie subindo a escada rolante para ele ver.”

Para Fátima, o principal tabu a ser rompido tem a ver com os julgamentos morais que possam ocorrer por parte do outro. Por isso, ela acredita que para ultrapassar essa barreira é necessário ter intimidade e confiança no parceiro. “É preciso se conhecer, confiar no outro e se informar no que te dá ou não prazer. Se isso não te apetece, não faz sentido nenhum esquentar a cabeça com isso”, comenta a professora.

*O nome foi mudado a pedido da entrevistada