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10 acontecimentos históricos influenciados por escândalos sexuais

AP - Associated Press
Imagem: AP - Associated Press

Léo Marques

Colaboração para Universa

10/08/2018 04h00

Guerras, divórcios, rebeliões, atentados. Veja o que homens e mulheres de grande importância histórica sofreram ou tiveram de enfrentar não apenas por terem sido quem foram, mas por cruzarem o caminho de sedutores que deram muito que falar.

1. Enfraquecimento da Dinastia Tang

No século 8, uma rebelião militar conhecida por An Lushan abalou fortemente a Dinastia Tang e obrigou o imperador Xuanzong, que reinava na China há mais de 40 anos, a abdicar do trono e fugir. O motivo por trás disso foi que o imperador, seduzido por sua nora, a transformou em amante e favoreceu membros de sua família. A ideia não agradou em nada generais imperiais. 

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2. Abdicação do rei Eduardo 8º

Quem diria que Inglaterra perderia um rei para uma amante. Eduardo 8º, tio da atual rainha Elizabeth 2ª, era um mulherengo compulsivo que abriu mão da coroa para se casar com Wallis Simpson, uma americana que conheceu por meio de outra amante, Lady Furnes. Na época, a mãe do rei e seu biografo oficial, Philip Ziegler, cogitaram que Wallis controlava Eduardo sexualmente.

3. Divórcio e morte da princesa Diana

O divórcio de Diana e do príncipe Charles teve como motivação uma série de escândalos sexuais. Charles era amante de sua amiga Camilla Parker Bowles, enquanto Diana o traía com seu professor de equitação. Um acidente de carro matou a princesa e seu affair, o empresário egípcio Dodi  Fayed, em 1997. Embora sem provas, o pai de Dodi chegou a acusar a família real de ter encomendado o acidente para “evitar ainda mais constrangimentos”.

4. Fim da maior soprano da História

A cantora de ópera Maria Callas - Reprodução - Reprodução
A cantora de ópera Maria Callas
Imagem: Reprodução

Maria Callas, considerada até hoje a maior cantora de ópera de todos os tempos, encerrou sua carreira prematuramente por causa de um caso picante com o milionário grego Aristóteles Onassis. Totalmente seduzida por ele, Callas rompeu um casamento de dez anos, se distanciou dos palcos e, por fim, já difamada, entrou em depressão e enfartou, após ter sido trocada por outra mulher.

5. Bruxaria na corte francesa

O Caso dos Venenos foi uma investigação policial do século 17 que abalou Paris e desmantelou, dentro da Corte Francesa, uma rede de bruxaria instaurada com o objetivo de exterminar inimigos e filhos bastardos de nobres. A principal porta de entrada dessa rede para o Palácio de Versalhes era a marquesa de Montespan, amante do rei Luís 14, a quem buscava controlar.

6. Ruptura entre Inglaterra e igreja católica

Na Inglaterra dos anos 1500, Henrique 8º engatou um caso com a jovem Ana Bolena, que se fazia de difícil. O rei estava tão seduzido que, para fazer todas as suas vontades e viver oficialmente com ela, anulou seu casamento com Catarina de Aragão e, como não teve o divórcio aprovado pela Igreja Católica, simplesmente rompeu com a instituição e fundou sua própria igreja, a Anglicana. Vale lembrar que, desde a Idade Media, Inglaterra e Roma se estranhavam.

7. Atentado ao presidente americano Ronald Reagan

Em 1981, logo após ter assumido a presidência dos Estados Unidos, Ronald Reagan levou um tiro no pulmão e, por pouco, não morreu. A motivação por detrás do ataque do atirador John Hinckley Jr. foi uma obsessão sexual doentia pela atriz Jodie Foster, no filme “Taxi Driver”, de 1976. Depois de perseguir Foster, como sua personagem no filme, Hinckley, para impressioná-la, resolveu cometer a "maior prova de amor de todos os tempos", como chamou o atentado.

8. Declínio do Egito Antigo

9. Cleópatra foi a primeira governante grega do Egito a aprender a falar egípcio - Reprodução/deadline - Reprodução/deadline
Elizabeth Taylor como Cleópatra
Imagem: Reprodução/deadline

Cleópatra, rainha do Egito, além de apoiar as campanhas de expansão territorial de Júlio César, imperador de Roma, decidiu tornar-se sua amante. Porém, a relação dos dois, além de chocar e ofender Roma, minou a independência do Egito, que, com a morte de César, foi severamente explorado. Nesse meio tempo, Cleópatra ainda se envolveu com o general romano Marco Antônio, o que agravou ainda mais a situação política e resultou no suicídio do casal.

9. Segunda Guerra do Ópio

Influenciado por uma amante, mais tarde nomeada imperatriz, o imperador chinês Xianfeng, da dinastia Qing, desafiou França e Inglaterra, que queriam privilégios no comércio de ópio. Como resultado, desencadeou essa guerra, que aniquilou no século 19 mais de 10 mil soldados chineses, enfraqueceu a monarquia do país e permitiu a invasão da cidade de Pequim.

10. Fim do reino da Polônia

No século 16, o envolvimento do rei da Polônia com uma amante, nada menos que a imperatriz Catarina 2ª da Rússia, custou a perda de todo o seu território para ela. Estanislau  Poniatowski, o rei, conseguiu que Catarina o coloca-se no trono. Porém, o que ele nem imaginava é que a amante aguardava que sua coroação enfraquecesse ainda mais a Polônia, para que esta fosse confiscada pelo Império Russo. Seu plano deu mais do que certo e o reino acabou extinto.

Fontes: Livros “Rainhas na Sombra: Amantes e Cortesãs Que Mudaram A História”, de María Pilar Hierro; “O Último Rei da Polônia”, de Adam Zamoyski; “Antônio e Cleópatra: A História dos Amantes Mais Famosos da Antiguidade”, de Adrian Goldsworthy; “O Livro das Cortesãs: Um Catálogo das Suas Virtudes”, de Susan Griffin.